Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Saúde
Casos de AVC em jovens disparam no Brasil e acendem alerta
Histórias como as de Karina Pires, que teve AVC aos 27 anos, e de Antônio Carlos Fonseca, que passou dois meses na UTI, ilustram o avanço da doença entre pessoas de 18 a 59 anos e reforçam a importância do diagnóstico rápido e da reabilitação
09/12/2025 às 07:27por Redação Plox
09/12/2025 às 07:27
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
Os jovens passaram a fazer parte de uma lista que tem preocupado cada vez mais os médicos.
De uma hora para outra, movimentos simples se tornam um desafio: caminhar, preparar a própria comida. É o que vive hoje Karina Pires, que, dois anos após sofrer um AVC, deixa a própria casa para reaprender esses gestos na cozinha de um centro de reabilitação.
Eu não falava nada. Agora eu estou falando e me expressando. É muito gratificante também eu estar fazendo as pequenas coisas
Karina
O que é o AVC e por que ele preocupa
O AVC, acidente vascular cerebral, também conhecido como “derrame”, ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, interrompendo a circulação sanguínea em uma parte do órgão. Em muitos casos, pode ser fatal.
Em 2024, mais de 62 mil pessoas morreram por AVC no Brasil. No caso de Karina, a doença, quase sempre silenciosa, deu um alerta antes de provocar danos maiores: uma convulsão.
Ela conta que foi o pai quem a levou ao hospital, onde veio o diagnóstico de uma má formação. Quando o tratamento foi iniciado, o quadro já era grave.
Karina tinha 27 anos.
Cresce o total de jovens em tratamento das sequelas de AVC
Foto: Reprodução/TV Globo
AVC em adultos jovens em alta
Médicos têm observado um aumento de pessoas mais jovens entre as vítimas de AVC. Nas sete unidades de uma mesma entidade no Brasil, os atendimentos na faixa de 18 a 59 anos cresceram 63% nos primeiros nove meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
O cardiologista César Jardim explica que, quando não há uma má formação no cérebro, como no caso de Karina, a origem do problema pode estar no estilo de vida, incluindo o uso de hormônios em excesso, drogas ilícitas de efeito estimulante e até substâncias legais estimulantes, como derivados de cafeína em grandes quantidades.
Fatores de risco que podem ser controlados
Em qualquer idade, o AVC está associado a fatores de risco que podem ser controlados:
Principais fatores de risco:
pressão alta;
diabetes;
colesterol alto;
tabagismo;
obesidade;
sedentarismo.
Controlar esses fatores é fundamental para reduzir o risco de um AVC, sobretudo em pessoas com histórico familiar ou outros problemas de saúde associados.
Importância do atendimento rápido
O tempo de recuperação após um AVC varia muito. Depende da gravidade da lesão e das funções do cérebro comprometidas. No entanto, um ponto é consenso entre os especialistas: o atendimento rápido diante dos primeiros sintomas faz toda a diferença na reabilitação.
Antônio Carlos Fonseca sentiu na prática. Ele teve um desmaio, precedido por dor de cabeça e aumento da pressão. Sinais que, segundo ele, não devem ser ignorados, pois indicam que há algo errado.
Tontura, fraqueza e dormência no corpo também podem ser sintomas de um AVC. Antônio ficou dois meses na UTI e está há um ano em reabilitação, período em que diz perceber mudanças claras no próprio corpo.
Tecnologia a favor da reabilitação
O médico fisiatra Marcelo Ares destaca que os avanços tecnológicos têm contribuído para a recuperação e a melhora da qualidade de vida dos pacientes que sofreram AVC.
Ele cita as terapias robóticas, capazes de trabalhar, em uma única sessão, aspectos como movimento, atenção, coordenação e tempo de resposta. Esses recursos, porém, não substituem as terapias convencionais, que seguem sendo consideradas muito importantes no processo de reabilitação. Informações relatadas pelo Jornal Nacional.