O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um novo empréstimo de R$ 200 milhões para o desenvolvimento do carro voador da Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer dedicada a soluções de mobilidade aérea urbana.

Os recursos serão destinados à fase de integração e testes de funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação da empresa. O financiamento também vai apoiar os ensaios de certificação do eVTOL, etapa necessária para obtenção do registro junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

BNDES aposta em decolagem do eVTOL em 2026

Ao todo, o pacote aprovado prevê R$ 160 milhões do Fundo Clima e outros R$ 40 milhões pela linha Finem. Para o banco, a fabricação do eVTOL representa uma mudança relevante no conceito de deslocamento em grandes centros urbanos, com a proposta de conectar pontos estratégicos de cidades e regiões metropolitanas.

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto já acumula milhares de encomendas em vários países e tem plano de realizar o primeiro voo em 2026, ano em que se completam 120 anos do 14-Bis, de Santos Dumont.

O modelo desenvolvido pela Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, com alcance de 100 km e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão. A aeronave contará com oito motores elétricos elevadores (lifters) instalados nas asas, para o voo vertical, e um motor traseiro dedicado à navegação horizontal.

Financiamento reforça etapa crítica do projeto

Segundo a Eve, o novo apoio financeiro do BNDES permitirá acelerar uma fase considerada decisiva do programa, centrada na integração do sistema de propulsão elétrica, responsável por desempenho, segurança e confiabilidade da primeira aeronave certificável.

A integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável

Eduardo Couto, diretor financeiro da Eve

Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para o desenvolvimento do eVTOL da Eve, incluindo recursos para a construção da fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo. Em agosto deste ano, o banco também anunciou um investimento direto de R$ 405,3 milhões na empresa.