Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, adiou a participação em um evento partidário por motivos de saúde, conforme informou sua equipe nesta segunda-feira (8), semanas após a prisão do marido, condenado por tentativa de golpe de Estado.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Victor Chagas e Bruno Koressawa/PL
Aos 43 anos, Michelle preside o PL Mulher, movimento feminino do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro e de seus filhos, e vinha tendo presença ativa nas articulações políticas da sigla.
Em comunicado, o PL Mulher anunciou o adiamento de um evento que estava marcado para sábado (13), no Rio de Janeiro, “em razão de afastamento médico” de Michelle. O texto informa que a ex-primeira-dama já enfrentava alterações em sua saúde, intensificadas nos últimos meses em meio às tensões decorrentes da prisão do ex-presidente e das contestações públicas envolvendo sua família.
De acordo com a nota do movimento feminino do partido, o quadro de saúde de Michelle se agravou, tornando necessário um afastamento temporário de suas atividades no PL. Após a licença médica, ela deverá passar por uma nova avaliação, sem que tenham sido divulgados detalhes sobre o diagnóstico ou a duração dessa pausa.
Michelle Bolsonaro tem atuado na linha de frente na defesa do ex-presidente, criticando as condições de prisão de Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde ele cumpre pena de 27 anos desde o fim de novembro.
Ela tinha previsão de visitar o marido na terça-feira, dentro das regras estabelecidas pela Justiça, que autorizam encontros de duas horas, duas vezes por semana.
O afastamento de Michelle do cenário político ocorre poucos dias depois de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro, lançar sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026, afirmando que foi escolhido pelo pai como sucessor.
Flávio, de 44 anos, já teve desentendimentos públicos com a madrasta, a quem acusou de ser “autoritária” em disputas internas do partido. Posteriormente, o senador declarou que ambos pediram desculpas um ao outro.
O nome de Michelle vinha sendo cogitado como possível candidata do campo conservador, mas, mesmo nesse contexto, ela manifestou apoio à pré-candidatura de Flávio.
