Polícia

Operação Azimut mira grupo suspeito de fraudar sistema bancário e furtar R$ 20 milhões

Polícia Civil de SP cumpre 12 mandados de prisão e 12 de busca contra suspeitos de desviar R$ 20 milhões de empresa de gestão de recebíveis; investigação aponta movimentação de R$ 6,8 bilhões em dois anos

09/12/2025 às 08:13 por Redação Plox

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (9) uma operação contra fraude no sistema bancário que tem como alvo um grupo suspeito de furtar cerca de R$ 20 milhões de clientes. Até o momento, nove pessoas foram presas.

Entre os investigados estão os donos de uma empresa que, segundo a polícia, movimentou quase R$ 7 bilhões em dois anos, além de um escritório de contabilidade. Eles são apontados como responsáveis por furto e estelionato contra empresas de meios de pagamento — como as que fornecem maquininhas de cartão — e por lavagem de dinheiro.

No total, são cumpridos 12 mandados de prisão temporária — nove na capital paulista e três em Campinas — e 12 mandados de busca e apreensão. A ação foi batizada de Operação Azimut e é conduzida pela Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).


Grupo é investigado por furto e estelionato contra empresas do setor de meios de pagamento

Grupo é investigado por furto e estelionato contra empresas do setor de meios de pagamento

Foto: PCSP/Divulgação

Esquema mirava empresa ligada ao sistema financeiro

De acordo com a investigação, o grupo teria utilizado, de forma ilegal, credenciais válidas para subtrair R$ 19,2 milhões de clientes de uma empresa de gestão de recebíveis ligada ao sistema financeiro.

Os valores desviados foram direcionados para duas empresas. Em uma delas, a polícia identificou o recebimento de R$ 7 milhões e a movimentação de R$ 6,8 bilhões em apenas dois anos, indicando forte suspeita de uso da estrutura empresarial para mascarar a origem do dinheiro.

Ao todo, participam da operação 32 policiais civis e 16 viaturas da DCCIBER/Deic, além do apoio de oito policiais e quatro viaturas da Deic de Campinas.

Origem da Operação Azimut e novas frentes de apuração

A ação desta terça é um desdobramento de uma operação realizada em julho, quando três pessoas foram presas. Segundo os investigadores, esses detidos atuariam como laranjas dos verdadeiros proprietários das empresas beneficiadas pelo esquema fraudulento. Eles são investigados por organização criminosa e lavagem de capitais.

As apurações também apontam a participação de um escritório de contabilidade, responsável pela criação de empresas usadas pelo grupo para a prática dos crimes e para a ocultação de valores obtidos de forma ilícita.

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