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Política
PT vai institucionalizar atos em 8 de janeiro a partir de 2026
Diretório Nacional planeja mobilizações anuais em todo o país em memória dos ataques de 2023 e vê vitrine para Guilherme Boulos, enquanto recua de ministério exclusivo da Segurança Pública
09/12/2025 às 07:39por Redação Plox
09/12/2025 às 07:39
— por Redação Plox
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O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu institucionalizar atos em todo o país no dia 8 de janeiro, a partir de 2026, em memória das manifestações de 2023 que terminaram na depredação de prédios na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A sigla pretende organizar eventos nas principais cidades de todos os estados brasileiros.
Protesto organizado pelo PT
Foto: Juca Varella/Agência Brasil)
A definição foi tomada durante reunião do Diretório Nacional do PT, realizada no último fim de semana, na sede do partido, em Brasília, e integrou a pauta oficial de debates da legenda.
PT quer transformar 8 de janeiro em tradição
Integrantes do partido avaliam que os atos têm potencial para se consolidar como uma “tradição anual”, mobilizando militantes e apoiadores em diferentes regiões do país.
Para setores da sigla, as futuras mobilizações também servirão como vitrine política para o novo secretário-geral da Presidência, Guilherme Boulos, visto internamente como um nome com forte capacidade de diálogo com movimentos sociais e organizações de base.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma cerimônia em memória do 8 de janeiro em um evento esvaziado, sem a presença dos chefes dos Poderes Executivo e Judiciário, o que gerou avaliações negativas dentro e fora do partido.
Segurança pública divide debates internos
A área de segurança pública tem sido um dos principais focos de discussão no Diretório Nacional do PT. No último sábado (6), a legenda recuou da defesa por um ministério exclusivo para a segurança pública e retirou essa proposta da minuta de resolução política que será analisada pelo colegiado.
Na primeira versão do texto, o partido abordava a crise na segurança e o avanço das facções criminosas, com um trecho que refletia a posição majoritária da cúpula petista em favor de mudanças estruturais na área.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e secretários da pasta se opõem à divisão do ministério. Eles argumentam que a criação de uma estrutura separada poderia enfraquecer o enfrentamento ao crime organizado, em vez de fortalecê-lo.