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    O verdadeiro papel do zoológico da Usipa

    Por Plox

    10/01/2019 11h05 - Atualizado há quase 5 anos

    Ao realizar visitas ao Centro de Biodiversidade da Usipa (CEBUS), muitas pessoas pensam que o zoológico é somente para lazer e exposição dos animais. Porém, o trabalho realizado no Cebus vai muito além disso. É necessário que a população compreenda que as atividades realizadas pelo Cebus são importantes para a manutenção da fauna regional.

    O Centro de Biodiversidade da Usipa é uma referência em Minas Gerais, tendo em vista que ele é o único zoológico no Estado que tem convênio com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) para recebimento, tratamento e soltura de animais silvestres na natureza. O Cebus também é uma instituição sem fins lucrativos, ou seja, todos os recursos adquiridos por meio das visitas e doações são utilizados para manter os animais que habitam nos recintos da Usipa.

    Soltura-de-aves

    “O zoológico tem também uma função social desenvolvida por meio da educação ambiental, pois acreditamos que este conhecimento é cada vez mais necessário para a atual e as futuras gerações”, declara o médico-veterinário responsável pelo Cebus, Lélio Costa e Silva.

    Por que os animais são mantidos em cativeiro

    É por meio desta conscientização que o Centro de Biodiversidade da Usipa conduz os seus visitantes e expectadores. O Cebus não é somente um local de lazer, e sim de cuidados com os animais que aqui chegam e partem, e, também, com aqueles que aqui permanecem.

    “Algumas pessoas nos relatam que os animais apresentam um mau-cheiro e questionam por que não os lavamos. Na verdade, esse odor é característico de cada espécie, é uma forma de comunicação deles. É importante saber que somente permanecem aqui no Cebus os animais que não sobreviveriam caso voltassem à natureza. Nossa função é muito mais soltar animais do que mantê-los presos”.

    Quando o animal não pode voltar para a natureza, por algum motivo que é analisado pela equipe do Cebus, ele permanece nos recintos do zoológico da Usipa, após análise do Instituto Estadual de Florestas, órgão responsável pela fauna em Minas. E com esses animais é realizado o trabalho de conservação das espécies. Por meio do acasalamento promovido com determinadas espécies, este trabalho favorece em especial as ameaçadas de extinção, com possibilidade de retorno para a natureza, como é o caso do lobo-guará, jacaré-de-papo-amarelo e outros.

    Projetos realizados pelo Cebus

    O Cebus, em parceria com Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (ARPAVA), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Policia Militar Ambiental, desenvolve o Programa de Reabilitação da Fauna Sem Lar que recebe, trata, reabilita e encaminha animais para a soltura, sempre orientada e acompanhada pelo órgão estadual.

    O programa foi reconhecido nacionalmente por meio do prêmio IX Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, na categoria Melhor Exemplo em Biodiversidade (Fauna) em Minas Gerais. “Somos a única possibilidade de acolhimento, tratamento e soltura desses animais. Entendo que esta é a função do novo zoológico: um tipo de instituição que também trabalha para soltar os animais de volta à natureza”, afirma Lélio.

    O trabalho realizado pelo Cebus tem uma ligação direta com a comunidade regional. Além de cuidar da fauna, o zoo também realiza educação ambiental por meio do Projeto Xerimbabo, que em 2019 completará 35 anos ininterruptos de realização, e também do Programa de Educação Ambiental para escolas do Vale do Aço (PROGEA) em apoio à Policia Ambiental de Minas Gerais.

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