Homenagem póstuma: Viúva de sargento preserva bandeira do Brasil para filha

Sargento Roger Dias da Cunha, morto em ação policial em BH, é homenageado em cerimônia de despedida

Por Plox

10/01/2024 06h08 - Atualizado há mais de 1 ano

Belo Horizonte, 9 de janeiro – Em um emocionante ato de homenagem, Ana Clara, viúva do sargento Roger Dias da Cunha, decidiu guardar a bandeira do Brasil que cobriu o caixão de seu marido, falecido em serviço. A bandeira será entregue à filha do casal, uma bebê de apenas cinco meses, como um símbolo do heroísmo de seu pai. "Vou dar quando ela crescer e mostrar para ela o herói que o pai dela foi. O pai incrível que ela teve. Por pouco tempo, mas ele foi incrivelmente maravilhoso", declarou Ana Clara em um vídeo divulgado nas redes sociais da Polícia Militar.

Foto: PMMG / Divulgação

O sargento Dias, membro do 13º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), foi tragicamente assassinado durante uma perseguição na capital mineira. O episódio culminou na morte cerebral do militar, confirmada no último domingo (7), dois dias após ser atingido à queima-roupa.

A Cerimônia de Despedida A cerimônia fúnebre ocorreu no Cemitério Bosque da Esperança, localizado no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte. O evento foi marcado por uma atmosfera de luto e respeito, com a presença de inúmeros policiais e bombeiros. O coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, comandante-geral da PMMG, fez a entrega solene da bandeira a Ana Clara. Em seu pronunciamento, afirmou: "Existe uma multidão neste cemitério de policiais e bombeiros lamentando a morte do sargento Dias. Mas podem ter certeza: recuar, a gente não vai".

Detalhes da Perseguição Fatal A tragédia teve início com a perseguição de dois criminosos que, após perderem o controle do carro em fuga e colidirem com um poste, prosseguiram a pé. Câmeras de segurança registraram o momento em que o sargento Dias se aproximou de um dos suspeitos, dando ordem de parada, sendo então surpreendido por disparos à queima-roupa.

Situação dos Suspeitos Os dois homens envolvidos na perseguição foram presos, e suas prisões em flagrante foram convertidas em preventivas. O atirador, de 25 anos, e seu comparsa, de 33, já possuem histórico criminal, incluindo condenações por furto e roubo à mão armada. O atirador, especificamente, estava em liberdade condicional no momento do crime, cumprindo pena por delitos anteriores. Suas condenações e passagens por crimes como receptação e tráfico de drogas são parte de um histórico delituoso registrado no sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

 

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