Pavimentação da LMG-760 pode ser retomada em Abril
A decisão foi tomada na 45ª Reunião Ordinária do Comitê Interfederativo do Rio Doce (CIF), realizada em Belo Horizonte, na última semana
Por Plox
10/02/2020 16h28 - Atualizado há quase 5 anos
A série de reuniões e articulações realizadas pela deputada estadual Rosângela Reis (Podemos) em prol da retomada da pavimentação da LMG-760, entre Cava Grande, distrito de Marliéria, até o entroncamento da BR-262, gerou resultado. A obra foi incluída em um programa da Fundação Renova, que trata da recuperação dos danos causados pela Tragédia de Mariana, e deve voltar nos próximos meses.
A decisão foi tomada na 45ª Reunião Ordinária do Comitê Interfederativo do Rio Doce (CIF), realizada em Belo Horizonte, na última semana. A expectativa é que a ordem de serviço seja dada até abril e as obras sejam retomadas. Um aporte de R$ 60 milhões pela Fundação Renova será feito em todo este ano e a conclusão da pavimentação está estimada até outubro de 2021, com um valor total de R$ 128 milhões.
Foto: divulgação
“Fico feliz que a mobilização feita pela LMG-760 gerou resultado. Entendemos a frustração da população com essa pavimentação e até um certo ceticismo. Fiz minha parte e cobrei do Estado a retomada e buscamos alternativas para a falta de recursos do governo de Minas. Agora, vamos continuar essa pressão para que a obra realmente saia do papel e seja concluída”, afirmou Rosângela Reis.
Foto: divulgação
Pedidos feitos em 2019
O pedido para a inclusão da LMG-760 no programa da Fundação Renova foi um pedido da deputada Rosângela Reis em uma reunião realizada em 28 de novembro de 2019, com a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), Luísa Barreto, e a assessora do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Viviane Gomide, na Cidade Administrativa, em BH.
Na oportunidade, Luísa Barreto concordou em levar a pauta para o Comitê Interfederativo (CIF) – órgão com câmaras técnicas criado com representantes de Minas Gerais, Espírito Santo e União – que decide onde serão aplicados os recursos da Fundação Renova para a reparação dos danos.
Em 7 de novembro, Rosângela Reis também se encontrou com os representantes de Relacionamento Institucional da Fundação Renova, Wesley Costa e Anthônio Matheus, no gabinete da parlamentar, em Belo Horizonte. A deputada reforçou o pedido para que os recursos para a reparação dos danos ao Parque Estadual do Rio Doce (PERD) também sejam direcionados para a LMG-760.
Além dos pedidos feitos aos representantes do Estado, a deputada Rosângela Reis também cobrou, por diversas vezes, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Marco Aurélio Barcelos. Em maio de 2019, Barcelos, junto com outras lideranças regionais, chegou a visitar a estrada e o Parque Estadual do Rio Doce, junto com o diretor do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER-MG), Fabrício Torres Sampaio. Na oportunidade, Barcelos também levantou a possibilidade de usar recursos da Renova.
Paralisação da LMG-760
A falta de repasses pelo governo do Estado paralisou a pavimentação da LMG-760 em meados de 2018. A obra, conduzida pela empreiteira Tamasa, foi iniciada em agosto de 2017, mas só entregou oito quilômetros de asfalto e 12 km de terraplanagem, de um total de 64 km da via. A estimativa é que o custo da conclusão do asfalto seja de R$ 128 milhões.
Além da pavimentação, também está planejado o alargamento da estrada, onde cada pista terá 3,5 metros e acostamento de 1,5 metro. Também está incluso o reforço de pontes sobre três ribeirões e a construção de uma interseção com a BR-262.
Antes de ser iniciada, em 2017, a obra ficou paralisada por quase quatro anos, a pedido do Ministério Público do Estado em 2013. O motivo da interrupção alegado pelo MP foi a falta de licenciamentos ambientais necessários na área do Parque Estadual do Rio Doce.
A pavimentação da LMG-760 vai reduzir o tempo das viagens, garantir mais segurança na estrada, facilitar o escoamento da produção agrícola e industrial da região, promover o turismo no Parque Estadual do Rio Doce, ajudará a desafogar a BR-381 e melhorar a qualidade de vida das pessoas que ali trabalham e residem.