Plox vai a Belo Horizonte ver situação da cidade após temporais

Capital mineira foi devastada por temporais recordes que a atingiram no início deste ano

Por Plox

10/02/2020 20h50 - Atualizado há quase 5 anos

O PLOX foi até a capital mineira, Belo Horizonte, para ver a situação da cidade após os temporais recordes que a atingiram no início deste ano. O mês de janeiro foi o mês mais chuvoso da história de Belo Horizonte desde o início das medições, no ano de 1910. 
 
Diversas ruas e avenidas se transformaram em rios em toda a capital. O medo tornou-se parte do cotidiano do cidadão belorizontino, que não sabe como ficarão as ruas ao ver uma chuva se formar. 

2 Foto: Reprodução/Twitter


 
Até a publicação dessa matéria, a Defesa Civil havia confirmado a morte de 59 pessoas em decorrência das chuvas no estado de Minas Gerais. 13 pessoas morreram somente em Belo Horizonte, uma das cidades mais atingidas pelos temporais em todo o estado. 

Ao andar pelas vias expressas e avenidas, principalmente aquelas que estão às margens de rios e ribeirões que foram canalizados, a situação é perceptível. Por falar em canalização, este foi o problema apontado pela maioria dos moradores da cidade ao PLOX como principal causa dos ocorridos. 

Confira a reportagem:

Canalização
 
A estrutura urbana conhecida como “canalização” de rios, que consiste em modificar o leito e trajeto dos rios, agravou ainda mais a situação da capital mineira.  
 
Dados da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), dão conta de que 208 dos 654 km de malha fluvial de Belo Horizonte, estão escondidos por baixo de prédios e  avenidas.  
 
O concreto das construções impede que o solo absorva a água das chuvas e faz com que as galerias fiquem sobrecarregadas. Quando isso acontece e a chuva não para, acontecem as enchentes, além dos “bueiros” que explodem, solos que se racham e os demais estragos que aconteceram aos montes em Belo Horizonte. 
 
Na última semana o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), sancionou o Plano Diretor municipal que, além de diversas medidas que buscam reduzir o impacto das chuvas na cidade, proíbe a canalização de rios. 

Estragos
 
Independentemente da região, de classe baixa, média ou alta, a maior chuva já registrada em 24 horas na história de Belo Horizonte, que caiu no último 24 da janeiro, deixou sérios estragos.

3 Foto: Reprodução/Twitter

 

Ao se falar da população mais carente, que, consequentemente está mais vulnerável a estes estragos, a sucessão de chuvas danosas não dá nem ao menos tempo para que possam se recuperar.  
 
A esta angústia de sair de casa e não saber como ela estará quando voltar ou, até mesmo, não saber se você voltará, faz com que o belorizontino olhe para os céus com um semblante diferente. Faz com que a chuva, que em muitos lugares é comemorada como um título de Copa do Mundo, seja temida e incite pânico. 

1 Foto: Reprodução/Twitter

 

Ao caminhar próximo às margens das principais avenidas e pontos de alagamentos da cidade, tornou-se comum as máquinas pesadas paradas no acostamento prontas para, mais uma vez, limpar toda a sujeira causada pelas enchentes iminentes.

WhatsApp Image 2020-02-10 at 19.52.29 Foto: Matheus Luan/PLOX

 

As casas receberam uma nova pintura dada pelas águas enlameadas que, além de trazer vários riscos a saúde, marcam as paredes internas e externas de cada uma delas. 
 
Reconstrução
 
O prefeito Alexandre Kalil disse em uma entrevista que os gastos para reconstruir a capital mineira podem chegar à R$ 300 milhões. 
 
Previsões 

WhatsApp Image 2020-02-10 at 19.52.29 (1) Foto: Matheus Luan/PLOX

Até a publicação desta matéria, de acordo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a média menção de volume de chuva para o mês de fevereiro já havia sido superada e, ainda sim, as previsões apontam para novas chuvas a partir desta terça-feira (11). 

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