Oposição intensifica ataques aos ministérios de Lula e promete fiscalização implacável

Deputados aliados de Bolsonaro miram programas sociais, orçamento do governo e atuação ministerial para gerar desgaste na gestão petista

Por Plox

10/02/2025 16h31 - Atualizado há cerca de 1 mês

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endureceu a estratégia de fiscalização e promete um pente-fino nos ministérios, especialmente os comandados por petistas e com grande orçamento. A ordem entre os parlamentares, liderados pelo deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), é clara: “não deixar passar nada”.

A movimentação ocorre em sintonia com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem o grupo mantém reuniões frequentes. O objetivo é criar um ambiente de desgaste e constrangimento para a gestão Lula, fiscalizando com intensidade cada ação do governo.

Ministérios na mira: programas sociais sob escrutínio

A primeira frente de ataques se volta para os ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Educação, responsáveis por programas voltados à população mais vulnerável. Um dos alvos centrais é o Programa Cozinha Solidária, do MDS, que fornece refeições gratuitas – as chamadas “quentinhas” – a pessoas em situação de insegurança alimentar. Parlamentares da oposição apresentaram requerimentos exigindo informações sobre as ONGs envolvidas no programa e a destinação dos recursos.

Outro foco de questionamento é o Pé-de-Meia, iniciativa do Ministério da Educação que incentiva financeiramente estudantes de baixa renda a concluírem o ensino médio. A oposição alega que o programa prevê recursos sem garantia no orçamento e já acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar afastar o ministro Camilo Santana.

Previ e pacote ‘Anti-Janja’ também na pauta

Além dos questionamentos legislativos, a oposição pretende recorrer à Justiça para investigar o rombo na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), alegando que há problemas na gestão dos recursos.

Outro tema de destaque é o chamado pacote “Anti-Janja”, uma ofensiva contra iniciativas que teriam influência da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Detalhes sobre quais medidas seriam barradas ainda não foram divulgados, mas o movimento reforça a tentativa da oposição de minar figuras próximas ao presidente.

Fiscalização intensa e pressão política

O plano da oposição é claro: desgastar o governo Lula em áreas estratégicas, expondo falhas administrativas e questionando repasses financeiros. Para isso, parlamentares intensificam pedidos de informação, acionam o Judiciário e exploram politicamente cada brecha encontrada nos programas e ministérios.

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