Aumento no preço dos combustíveis é um dos assuntos mais comentados em Brasília

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que a melhor ação é utilizar royalties e dividendos da companhia estatal para custear os combustíveis durante alguns meses e assim evitar o aumento aos consumidores

Por Plox

10/03/2022 10h03 - Atualizado há cerca de 2 anos

A disparada do preço do petróleo e consequentemente dos combustíveis é um dos assuntos mais falados nesta semana e é motivo de discussões no governo para evitar que o litro de gasolina chegue a R$ 10,00 no Brasil. A Petrobras tem sustentado os reajustes, tendo em vista os conflitos entre Rússia e Ucrânia que ocorrem há 14 dias, e as sanções sobre a Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo, o preço do petróleo aumentou e já chega ao maior valor dos últimos sete anos.

Veja o vídeo:

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que a melhor ação é utilizar royalties e dividendos da companhia estatal para custear os combustíveis durante alguns meses e assim evitar o aumento aos consumidores. 

Foto: Agência Brasil

 

Nesta quarta-feira (09), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), ele disse à imprensa que: "A linha de ação que causasse menos dano posterior, seria usar os recursos de royalties e dividendos para dar um subsídio ao combustível e durante um período devidamente qualificado. Acho que isso daria uns R$ 13 bilhões, R$ 14 bilhões durante três ou quatro meses, até que essa situação do conflito amainasse e consequentemente o preço do petróleo voltasse a um nível mais adequado", afirmou Mourão.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já tem uma opinião divergente. Para ele não deve haver congelamento no preço dos combustíveis. O ministro declarou nesta terça-feira (08) no Ministério da Economia em Brasília (DF) que: “só maluco congela preço”, disse Mourão. 

A Petrobras não aumenta o preço da gasolina e do diesel há quase 2 meses. As equipes política e econômica do Governo Federal continuam calculando e estudando uma opção diante desta crise internacional.  

O governo discute uma alternativa, mas ainda segue sem um consenso. Na reunião, nesta terça-feira (09), com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, dos ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, que ocorreu no Palácio do Planalto ficou decidido esperar a votação do projeto de lei (PL) que trata da mudança de cálculo do ICMS, que está na agenda no senado para ser votado nesta quarta-feira (09).

A conclusão é que determinar neste momento um congelamento de preços ao consumidor através do subsídio governamental poderia desmotivar os parlamentares a aprovarem a proposta do ICMS.


 

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