IPCA registra aumento de 0,81% na Região Metropolitana de Belo Horizonte em fevereiro de 2023

Educação e Habitação foram os grupos que mais impactaram o índice na Região Metropolitana de Belo Horizonte, aponta pesquisa

Por Matheus Valadares

10/03/2023 13h21 - Atualizado há mais de 1 ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,81% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em fevereiro de 2023, o oitavo menor resultado mensal entre as dezesseis áreas pesquisadas. Em todo o país, a variação mensal foi de 0,84%.

No entanto, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,39% na RMBH, o segundo menor resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 5,60% no Brasil.

Sete grupos apresentaram variações positivas na RMBH: Educação (5,35%), Habitação (2,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,18%), Comunicação (0,84%), Transportes (0,50%), Vestuário (0,45%) e Despesas Pessoais (0,07%). Enquanto isso, dois grupos apresentaram deflações: Alimentação e Bebidas (-0,34%) e Artigos de Residência (-0,10%).

Habitação foi um dos grupos que mais impactaram o índice. Foto: Matheus Valadares/Plox. 

 

Impacto dos grupos

O aumento no grupo de Educação impactou o índice geral de fevereiro em 0,28 pontos percentuais (p.p.), refletindo os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. O resultado foi devido principalmente aos aumentos da pré-escola (10,27%), do ensino médio (10,06%) e do ensino fundamental (10,02%), ensino superior (5,00%), com impactos de 0,03p.p, 0,03p.p, 0,09p.p. e 0,08p.p., respectivamente.

No grupo Habitação, a energia elétrica residencial aumentou 6,98%, provocando o maior impacto individual positivo no índice (0,22p.p.), onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS. Ainda tivemos aumentos na taxa de água e esgoto (1,67%) e no gás de botijão (1,63%), com impacto de 0,03p.p., cada um.

No grupo de Saúde e cuidados pessoais, o destaque foi para o perfume (7,11%), impactando o índice em 0,05p.p.

O resultado do grupo de Transportes foi influenciado principalmente pelos aumentos do emplacamento e licença (2,98%), do conserto de automóvel (1,30%), da gasolina (0,68%), com impactos de 0,06p.p., 0,03p.p. e 0,03p.p. As quedas nas passagens aéreas (-9,35%) e no etanol (-3,30%) impactaram o índice em -0,05p.p. e -0,02p.p., respectivamente.

Por outro lado, a queda no grupo de Alimentação e Bebidas (-0,34%) foi puxada pelas quedas do tomate (-19,96%), da batata-inglesa (-17,92%), da cebola (-12,43%), banana-prata (-10,32%), maçã (-4,16%) e as carnes (-1,12%), provocando impactos no índice de -0,09p.p., -0,08p.p., -0,02p.p., -0,05p.p., -0,02p.p. e -0,03p.p., respectivamente. Do lado das altas, se destacaram a manga (30,85%), a cenoura (30,82%), o mamão (27,26%), a laranja-pera (11,32%), as hortaliças e verduras (10,32%) e o leite longa vida (5,89%), impactando o índice em 0,02p.p., 0,02p.p., 0,05p.p., 0,02p.p., 0,02p.p. e 0,06p.p.

Subitens selecionados: 20 maiores elevações e reduções de preços em fevereiro

Entre os subitens selecionados, as maiores elevações de preços em fevereiro foram: manga (30,85%), cenoura (30,82%), mamão (27,26%), curso de informática (19,33%), taxa de água e esgoto (16,63%), perfume (7,11%), e emplacamento e licença de veículos (2,98%). Enquanto isso, as maiores quedas foram: tomate (-19,96%), batata-inglesa (-17,92%), cebola (-12,43%), passagem aérea (-9,35%), banana-prata (-10,32%), e carne bovina (-1,12%).

Esses resultados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu informe IBGE MG Informa, no 009/2023. A pesquisa abrangeu 16 áreas metropolitanas do país e tem como objetivo medir a inflação no país. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país pelo Banco Central.

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