Dólar dispara após tarifa dos EUA à China atingir 145%

O clima de tensão voltou a dominar os mercados financeiros nesta quinta-feira (10), após os Estados Unidos confirmarem uma tarifa de 145% sobre produtos chineses, um valor mais alto que os 125% inicialmente especulados.

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O dólar comercial reagiu imediatamente, fechando o dia vendido a R$ 5,899, o que representa uma alta de R$ 0,053, equivalente a 0,92%. Ao longo da tarde, por volta das 13h30, a cotação chegou a alcançar R$ 5,95, mas desacelerou com o avançar do dia. Mesmo assim, a divisa acumula alta de 3,37% em abril, embora ainda registre uma queda de 4,55% no acumulado de 2025.

Enquanto isso, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, recuou 1,13% e encerrou o pregão em 126.355 pontos. A queda acontece logo após uma alta expressiva de 3,12% registrada na quarta-feira, refletindo um movimento de realização de lucros — quando investidores vendem ações em alta e compram dólar a preços ainda considerados baixos.

O abalo veio com força após a Casa Branca confirmar o percentual exato das sobretaxas aplicadas à China. O anúncio elevou a preocupação com uma possível recessão global, já que a intensificação da guerra comercial afeta diretamente países que dependem da exportação de commodities.

Apesar disso, o presidente norte-americano Donald Trump sinalizou disposição para negociar um acordo com o governo chinês. Ainda assim, o mercado reagiu com cautela, prevendo possíveis impactos econômicos duradouros no comércio internacional.

'A confirmação das tarifas em 145% aumentou o estresse no mercado, afetando diretamente países exportadores', destacou um analista econômico ao comentar os efeitos do anúncio

A expectativa agora é acompanhar os desdobramentos dessa tensão comercial, que segue sendo um dos principais motores da volatilidade nos mercados globais.