Geleião, um dos fundadores do PCC, morre de covid
José Márcio Felício estava na cadeia há mais de 40 anos e dentro dela fundou a facção
Por Plox
10/05/2021 15h08 - Atualizado há quase 4 anos
Um dos fundadores do Primeiro Comando da Capital (PCC), José Márcio Felício, o Geleião, morreu nesta segunda-feira (10) de covid-19. Ele estava no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, em São Paulo, e tinha 60 anos.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que Geleião morreu às 6h30 no hospital onde estava internado. Ele se encontrava na unidade de saúde por conta da infecção da covid-19 desde o dia 9 de abril.

Geleião liderou o PCC da prisão por cerca de 10 anos. Em 2001, foi o líder da maior rebelião do Brasil. Em 2002, se tornou o grande rival dos chefes da facção por tê-los delatado para a polícia.
Agora, com o falecimento de Geleião, todos os fundadores do PCC estão mortos. Ele foi o último fundador da facção que se encontrava vivo.
O criminoso estava na cadeia há 42 anos. Em 1979, ele foi preso na Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Itapetinga, município de São Paulo. Esse tempo longo na prisão se deu por ele ter cometido outros crimes na penitenciária e também por mandar que fossem cometidos ataques e assassinatos a agentes de segurança.

O PCC foi criado em 1993 no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, São Paulo. O grupo de presos que criou a facção surgiu de uma partida de futebol. Eles tinham sido transferidos para essa penitenciária por mau comportamento.
Os oito presos que criaram o PCC foram: Ademar dos Santos, o Dafé, Antônio Carlos dos Santos (Bicho Feio), Antonio Carlos Roberto da Paixão (Paixão), César Augusto Roris da Silva (Cesinha), Isaías Moreira do Nascimento (Isaías Esquisito), José Márcio Felício (Geleião), Misael Aparecido da Silva (Misa) e Wander Eduardo Ferreira (Eduardo Cara Gorda)
Depois se uniram aos primeiros fundadores do PCC Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Carlos Ambrósio, o Sombra.