Inquérito sobre a Máfia das Apostas: suspeitas de manipulação de jogos de futebol no Brasil

A decisão foi tomada após determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quarta-feira (10).

Por Plox

10/05/2023 23h41 - Atualizado há mais de 1 ano

A Polícia Federal vai investigar a chamada Máfia das Apostas, grupo suspeito de manipular resultados de partidas de futebol das séries A e B do Campeonato Brasileiro e de torneios estaduais entre 2022 e 2023. A decisão foi tomada após determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quarta-feira (10).

Denúncia do MPGO e jogadores réus

Nessa terça-feira (9), a Justiça de Goiás aceitou a denúncia e tornou réus 16 pessoas envolvidas no esquema, sendo sete jogadores e nove apostadores. A denúncia foi enviada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) ao Tribunal de Justiça de Goiás. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no entanto, não vai suspender o Brasileirão.

Jogos sob suspeita e valores envolvidos

A suspeita é que o grupo tenha atuado em pelo menos 13 jogos, das séries A e B do Brasileirão de 2022 e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Os jogadores envolvidos poderiam receber até R$ 100 mil. Especialistas consultados pelo R7 afirmam que os atletas envolvidos podem pegar de dois a seis anos de prisão e ser banidos do futebol.

Na denúncia, o MP de Goiás também pede que todos os denunciados paguem, em grupo, um valor mínimo de R$ 2 milhões para reparar o dano moral coletivo.

Jogadores e apostadores réus

Entre os jogadores que se tornaram réus, estão Eduardo Bauermann (Santos), Victor Ramos (Chapecoense), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Igor Cárius (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe). Além deles, nove pessoas apontadas como participantes dos esquemas de apostas foram indiciadas.

Posicionamento dos acusados

Em nota, Eduardo Bauermann negou envolvimento com apostas esportivas ou esquema fraudulento de manipulação em partidas de futebol. A defesa de Victor Ramos afirmou que o jogador nega a autoria dos fatos e pretende colaborar com as investigações e com a Justiça para comprovar sua inocência. O R7 entrou em contato com a assessoria dos atletas Igor Cárius e Paulo Miranda, mas não obteve retorno. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos jogadores Gabriel Tota e Matheus Gomes.

Operação Penalidade Máxima 2

Em 18 de abril, o MPGO realizou a Operação Penalidade Máxima 2, contra um grupo suspeito de ter manipulado resultados de jogos do Brasileirão e de campeonatos estaduais. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em 16 municípios de 20 estados

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