Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul
Plano de voos emergenciais é ativado após enchentes no Rio Grande do Sul Voos adicionais buscam atender demanda em estado de calamidade devido ao fechamento do Aeroporto Salgado Filho
Por Plox
10/05/2024 12h45 - Atualizado há 3 meses
O Ministério de Portos e Aeroportos divulgou nesta quinta-feira (9), em Brasília, a criação de uma malha aérea de emergência com 116 voos semanais para auxiliar a população do Rio Grande do Sul, gravemente afetada pelas recentes chuvas e enchentes. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, localizado em Porto Alegre e um dos mais movimentados do Brasil, foi fechado indefinidamente após ser completamente inundado.
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Antes de ser inutilizado pelas águas, o aeroporto era essencial para o transporte aéreo no estado, responsável por cerca de 90% do tráfego de passageiros. Com o plano emergencial, seis aeroportos regionais gaúchos e três em Santa Catarina vão expandir suas operações para compensar a interrupção.
Sílvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, anunciou que os aeroportos de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana receberão um total de 53 voos semanais. Adicionalmente, a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, desempenhará um papel crucial como centro logístico principal, preparada para receber cinco voos diários, totalizando até 35 por semana.
A iniciativa inclui também aeroportos catarinenses como Florianópolis, Chapecó e Jaguaruna, que verão aumentos nas frequências e capacidade de assentos para apoiar o esforço. As companhias aéreas nacionais já estão comercializando passagens para os novos voos, que primariamente conectarão o sul com grandes centros como Guarulhos, Viracopos e Afonso Pena.
O plano resultará num aumento de 6 mil assentos semanais, saltando de 7 mil para 13 mil. Isso, contudo, ainda é uma fração do que era oferecido pelo Aeroporto de Porto Alegre, que chegava a 100 mil passageiros por semana.
"Vamos avançar na aviação regional. Conforme a necessidade da população, continuaremos a expandir a oferta de voos regionais, essenciais para o povo do sul do Brasil", disse Costa Filho.
Próximos passos em Canoas
A operação na Base Aérea de Canoas, que ainda não tem uma data definida para começar a receber voos comerciais, será administrada pela Fraport, concessionária do aeroporto de Porto Alegre. "A Fraport está estruturando o terminal, o que leva alguns dias. Esperamos que possam começar a operar os cinco voos diários o mais rápido possível", explicou o ministro.
A adequação da base incluirá montagem de toda a logística necessária, desde a instalação de equipamentos de raio-X até a adaptação para a segurança e movimentação de bagagens. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) revelou que todas as grandes companhias aéreas têm interesse em operar a partir dessa base, assim que estiver pronta para uso regular.
O plano emergencial de aviação para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina segue sendo um esforço crucial para manter a conectividade e o suporte à população impactada pelas condições climáticas adversas na região.