Após ser processado pelo PT por fala sobre INSS, Zema dispara: ‘não vão nos calar’
Governador de Minas afirma que não será silenciado após processo movido pelo Partido dos Trabalhadores por declarações ligando a sigla a escândalo de R$ 6 bilhões
Por Plox
10/05/2025 11h42 - Atualizado há 3 dias
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu neste sábado (10), por meio de uma publicação em seu perfil no Instagram, à ação judicial movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que o acusa de divulgar informações falsas relacionadas à sigla.

A controvérsia surgiu após uma publicação feita por Zema em suas redes sociais no dia 2 de maio, onde ele citou diretamente o PT ao comentar o escândalo das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema teria desviado aproximadamente R$ 6 bilhões de aposentadorias e pensões entre os anos de 2019 e 2024. Na ocasião, o governador escreveu: \"Mais uma vez a corrupção mostra sua cara no governo do PT. Queremos CPI, investigação sem blindagem e cadeia pra quem roubou. Roubar aposentado é covardia. Proteger ‘companheiro’ corrupto é cumplicidade\".
A reação do PT veio por meio de uma ação judicial protocolada pelo senador Humberto Costa, presidente nacional do partido. O processo solicita a remoção das publicações do governador e ainda pede uma indenização de R$ 30 mil por danos morais. De acordo com o partido, a ação visa proteger suas lideranças e símbolos contra o que considera ofensas e calúnias, destacando que o uso do nome da legenda está sendo feito de forma indevida por Zema.
Ainda em nota, o PT ressaltou que, embora o caso de descontos irregulares nos benefícios do INSS esteja sob investigação, os indícios apontam que as irregularidades teriam se iniciado no ano de 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A legenda também afirma que a responsabilização precisa respeitar os fatos apurados e não deve ser utilizada para ataques políticos.
Em sua resposta pública, Zema reforçou sua posição e afirmou que não se deixará intimidar: “Não vão nos calar”, escreveu o governador ao compartilhar uma matéria sobre sua citação no processo.