Com saúde debilitada e internado desde 2023, Roberto Jefferson pode ir para prisão domiciliar
PGR defende mudança no regime do ex-deputado, internado após traumatismo craniano; decisão depende de Alexandre de Moraes
Por Plox
10/05/2025 10h15 - Atualizado há cerca de 15 horas
A Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente, na noite de sexta-feira (9), pela substituição da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson por prisão domiciliar, citando seu estado de saúde delicado como motivo central.

Segundo a PGR, relatórios médicos indicam que Jefferson não pode continuar seu tratamento dentro do sistema carcerário. O órgão considerou que a medida de substituição é \"necessária, adequada e proporcional\". Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir se acata ou não a recomendação.
Jefferson está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, desde julho de 2023. Ele sofreu um traumatismo craniano após uma queda, quadro que evoluiu para sintomas como alucinações, falta de apetite e incapacidade de se locomover, conforme apontou um laudo médico emitido na época.
Em abril, a defesa do ex-deputado havia conseguido no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) a concessão da prisão domiciliar no processo em que ele é acusado de tentar matar quatro policiais federais durante uma operação de prisão realizada em 23 de outubro de 2022, no município de Comendador Levy Gasparian (RJ). No entanto, a medida não foi colocada em prática, pois Jefferson ainda responde a outro processo no STF, o qual envolve sua participação em milícias digitais contra a democracia. A prisão preventiva neste segundo caso só pode ser revista por Moraes, que é o relator do processo.
Em 2015, Jefferson já havia obtido o benefício de cumprir pena em regime domiciliar. Contudo, em 2021, ele retornou ao regime fechado ao ser novamente investigado por atividades antidemocráticas.