Jovem de 22 anos e médico são presos após aborto com medicação e raspagem em casa

Profissional de 30 anos realizou procedimento ilegal em residência no estado de Zulia, após orientar ingestão de remédio abortivo

Por Plox

10/05/2025 14h47 - Atualizado há cerca de 14 horas

Um homem de 30 anos, identificado como Moisés Eduardo Villalba Carrillo, e uma jovem de 22 anos, Maibelyn Verónica Zambrano Mendoza, foram presos após um aborto ilegal realizado dentro de uma casa na cidade de Colón, no estado de Zulia.


Imagem Foto: Cpbez/Divulgação


De acordo com o Cuerpo de Policía Bolivariana del Estado Zulia (Cpbez), a intervenção foi descoberta após denúncias anônimas, o que permitiu à equipe policial deflagrar uma ação que resultou nas detenções. A paciente, que estava com dez semanas de gestação, havia ingerido um medicamento abortivo sob orientação do médico. Após a expulsão do feto, o profissional se deslocou até a residência dela para realizar uma curetagem.



Segundo os policiais, o procedimento foi feito de forma clandestina e sem qualquer estrutura hospitalar. Durante a operação, foram apreendidos os celulares dos envolvidos, que agora fazem parte do material investigativo. O valor cobrado pelo serviço não foi divulgado pelas autoridades.



O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que será responsável pela continuidade das apurações. O aborto só é permitido, de acordo com a legislação local, em circunstâncias específicas como risco de morte da gestante ou em casos de estupro. A pena prevista para quem consente com o procedimento pode variar de seis meses a dois anos de prisão. Já para quem realiza o aborto, a condenação pode chegar a três anos, podendo aumentar se houver agravantes como o óbito da paciente.


O Cpbez destacou que a mulher só recebeu a visita do médico após ter expulso o feto em casa, fato que agrava a condução do caso por se tratar de um ambiente sem condições adequadas para o tipo de intervenção realizada.



As investigações continuam e outras pessoas poderão ser responsabilizadas, caso fique comprovada a participação de terceiros.


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