Uma série de fiscalizações realizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou um cenário preocupante no setor de abastecimento de combustíveis em todo o país. Entre janeiro e 24 de abril de 2025, mais de 4.800 vistorias foram feitas em postos brasileiros, com quase um terço delas resultando em autuações por irregularidades.

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Minas Gerais aparece como o segundo estado com maior número de infrações, contabilizando 246 autuações a partir de 777 fiscalizações. Apenas São Paulo superou os mineiros, registrando 414 autuações em 1.083 ações de fiscalização. Em seguida, Goiás completa o pódio, com 151 infrações em 480 inspeções realizadas.

Os números alarmantes fazem parte de um levantamento nacional que apontou um total de 1.497 autuações, a maioria ligada a problemas no volume de combustível fornecido aos consumidores.

As irregularidades detectadas vão desde discrepâncias entre o volume indicado e o que realmente é entregue, até indícios de fraudes eletrônicas. A ANP destaca que, em determinados casos, dispositivos ilegais são utilizados para alterar a medição e, com isso, enganar o consumidor.

No entanto, a agência esclareceu que não possui autorização legal para abrir bombas de combustível e verificar diretamente a existência de chips ou sistemas adulteradores. Essa atribuição é de responsabilidade do Inmetro e de órgãos delegados.

Por outro lado, estados como Maranhão, Amapá, Piauí e Rio Grande do Norte apresentaram os menores índices de irregularidades, com menos de dez autuações registradas em cada um. A fiscalização segue em andamento, com o objetivo de coibir práticas lesivas ao consumidor e garantir a integridade na comercialização de combustíveis em todo o território nacional.