Zambelli se diz perseguida após voto no STF

Deputada manifesta indignação após ministros do Supremo votarem por sua condenação

Por Plox

10/05/2025 07h21 - Atualizado há cerca de 18 horas

Após os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votarem pela condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão em regime fechado, a parlamentar se manifestou publicamente por meio de uma nota oficial.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Na decisão, os ministros apontaram a participação da deputada em um esquema que teria invadido sistemas utilizados pelo Judiciário, com a colaboração do hacker Walter Delgatti, com a intenção de manipular informações oficiais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que os crimes ocorreram entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Em uma das supostas invasões, teria sido inserida uma ordem falsa de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, além de pedidos de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens.



O relator do caso, Moraes, foi o primeiro a votar, sendo acompanhado pelo ministro Dino. Ambos também sugeriram uma pena de oito anos e três meses de prisão para Delgatti, além da determinação de que ele e Zambelli arquem com uma indenização no valor de R$ 2 milhões.



Em sua nota, Carla Zambelli expressou profundo inconformismo com o voto de Moraes e afirmou que a decisão desconsidera a ausência de provas nos autos.
“Venho expressar meu mais profundo sentimento de inconformismo diante do voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes, nesta manhã, que, ignorando os fatos e a ausência de provas nos autos, optou por me condenar injustamente”

, declarou.


Zambelli alegou estar sendo alvo de uma perseguição política, a qual, segundo ela, compromete princípios fundamentais do Estado de Direito. Ela classificou a condenação como uma tentativa de silenciar sua atuação como mulher de direita e defensora de valores conservadores.
“Não há qualquer prova que sustente essa condenação. O que existe é uma tentativa clara de silenciar uma mulher de direita, deputada eleita pelo povo, que não se curva diante de abusos de poder”

, afirmou.


A deputada também citou sua fé e afirmou confiar na justiça divina. Disse que sua única fonte de renda é o salário parlamentar, e que não teria condições financeiras de pagar uma multa que já ultrapassa R$ 4,5 milhões nos dois processos em que é julgada.



Por fim, agradeceu as manifestações de apoio que tem recebido, reforçando que seguirá firme em sua trajetória.
“Continuarei de pé, sem jamais abandonar os princípios que me trouxeram até aqui. Só termina quando Deus disser que acabou. A verdade prevalecerá”

, concluiu.
Destaques