Maioria das trabalhadoras no Brasil não pratica atividade física

Pesquisa aponta que 65% das mulheres estão sedentárias e 57% possuem sobrepeso ou obesidade, com risco elevado de doenças mentais e físicas.

Por Plox

10/06/2024 09h22 - Atualizado há 3 meses

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pipo Saúde e divulgada em maio de 2024 revela que 65% das trabalhadoras brasileiras não praticam atividade física, configurando um quadro de sedentarismo. O estudo, que ouviu mais de 5 mil mulheres, também apontou que 57% delas estão com sobrepeso ou obesidade.

Além do sedentarismo e da obesidade, o levantamento indica que 54% das entrevistadas correm risco de desenvolver doenças mentais. O fisioterapeuta Rodrigo Fadel destacou a gravidade dessa situação, explicando que a falta de atividade física pode desencadear diversas patologias. “É muito preocupante. Sabemos que o sedentarismo é um gatilho para uma série de patologias. O corpo humano necessita de movimento, nasceu para se movimentar. Quando estamos fisicamente ativos, evitamos uma série de problemas e tendo vários benefícios. Atividade física ajuda a evitar diversos problemas”, afirmou.

O acúmulo de funções, longas jornadas de trabalho e a pressão crescente são alguns dos fatores que dificultam a prática de exercícios entre as mulheres. Rodrigo Fadel também ressaltou que a ausência de atividades físicas pode agravar problemas específicos ao corpo feminino, como questões de coluna pós-gestação e osteoporose. “No caso da mulher, o fato dela ter uma estrutura corporal diferente do homem, o desgaste pode ser maior. Mulheres que tiveram filhos e não tiveram fortalecimento pós puerperal, podem evoluir para problemas de coluna. Se ela não faz uma prática regular de atividade física, ela pode desenvolver problemas na coluna. A prática frequente ajuda a mulher a evitar a osteoporose, que é uma doença comum”, explicou.

A pesquisa ainda aponta para os impactos do sedentarismo na saúde mental. A prática de atividades físicas pode liberar hormônios que promovem a sensação de bem-estar e ajudam no controle psicológico. “A atividade física libera hormônios que dão uma sensação de bem-estar, plenitude, conseguindo controlar o bem-estar, o psicológico da pessoa”, explicou Fadel.

Para quem deseja começar a se exercitar, o fisioterapeuta recomenda iniciar com atividades leves e buscar acompanhamento profissional. “A prática regular da atividade física tem que ser acompanhada por um profissional bem capacitado, para que a pessoa tenha os benefícios completos. Para quem não faz nada, fazer um pouco é muito importante. Quem está muito tempo parado, recomendo uma boa caminhada ao ar livre, em um lugar plano, ativando todo o corpo por 30 a 40 minutos. Treinamento de força sem precisar ir na academia, exercícios simples como levantar e sentar na cadeira, subir e descer escada, já ajudam muito”, orientou.

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