Quais cursos devem ter na universidade federal em Ipatinga anunciada por Lula?
Ministério da Educação anunciou a criação do campus da Universidade Federal de Ouro Preto em Ipatinga
Por Plox
10/06/2024 16h40 - Atualizado há 11 meses
O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (10/06), que Ipatinga ganhará um campus da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A previsão de investimento é de R$ 60 milhões. No total, serão criados 10 campi nas cinco regiões do país. E o Plox quer saber, especialmente dos moradores do Vale do Aço: quais cursos devem ter na universidade federal de Ipatinga? O Plox vai enviar as respostas para o governo federal. Deixe o seu comentário na Live.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), cada obra custará R$ 60 milhões, incluindo construção e compra de equipamentos. A ampliação vai resultar em 28 mil novas vagas para estudantes de graduação. Os campi oferecerão seis cursos, cada, para 2,8 mil estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores por unidade.

O MEC ainda não antecipou quais seriam os cursos ofertados pela Universidade Federal de Ouro Preto - Campus Ipatinga nem o local em que será instalada. Segundo informado pelo interlocutor da proposta junto ao Governo Federal, Léo Patrick, que atualmente é Assessor Legislativo do Deputado Federal Leonardo Monteiro (PT/MG), o grupo manterá contato permanente junto à Secretaria de Ensino Superior do MEC e a reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto, para trabalhar as tratativas necessárias buscando agilidade em todo processo.
A criação de uma universidade federal no Vale do Aço é um sonho antigo da população. No ano passado, a reivindicação para que a região recebesse uma Instituição Federal de Ensino Superior voltou a ganhar força a partir da proposta apresentada ao Governo Federal, por Léo Patrick, suplente de Deputado Estadual pelo PT/MG.

A sugestão ficou disponível para apoio na plataforma Brasil Participativo e recebeu mais de 2 mil votos favoráveis, ficando em primeiro lugar no Estado de Minas Gerais. Durante a plenária estadual do PPA em Belo Horizonte, a proposta foi apresentada para Ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, e ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Essa é uma conquista de um time e passou por várias mãos. Trabalhamos incansavelmente em defesa do Vale do Aço junto ao Ministério da Educação, para sensibilizá-los da necessidade de repararmos essa dívida do Governo Federal com a nossa região. Já que o governo não pretende, no momento, abrir novas universidades, construímos o que foi possível para que nossa cidade fosse contemplada, tendo sido o projeto da UFOP o mais viável para que nosso sonho se realize“, destacou Leonardo Patrick.
A mobilização contou com apoio da Agenda de Convergência da FIEMG Regional Vale do Aço, da Rede EDUCAFRO de pré-vestibular comunitário, dos estudantes do campus de Ipatinga do Instituto Federal de Minas Gerais, mandatos de vereadores da cidade, digitais influencers, empresários e também foi amplamente divulgada pela imprensa regional.
Obras e custeio
O Ministério da Educação vai destinar R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento integra o Novo PAC e será dirigido à criação de dez novos campi, espalhados pelas cinco regiões do País, e a melhorias na infraestrutura das 69 universidades federais. Além disso, serão repassados recursos a 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos.

Durante a reunião de Lula com os reitores das universidades e institutos federais hoje, o Ministério da Educação, Camilo Santana, explicou que um dos critérios para definir as instalações dos 10 novos campi foi a baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior.

Os novos campi de universidades serão construídos nas cidades de São Gabriel da Cachoeira (AM); Rurópolis (PA); Cidade Ocidental (GO); Baturité (CE); Estância (SE); Jequié (BA); Sertânia (PE); Ipatinga (MG); São José do Rio Preto (SP); e Caxias do Sul (RS). De acordo com o governo, as localidades foram escolhidas com o objetivo de ampliar a oferta de vagas da educação superior em regiões com baixa cobertura de matrículas na rede pública.
Para consolidação da rede federal de educação superior, serão repassados R$ 3,17 bilhões, destinados a 338 obras, das quais 223 serão iniciadas, 95 retomadas e 20, que estão em andamento, concluídas. As obras visam o fortalecimento da graduação - salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, estruturas acadêmicas e complexos esportivos e culturais - e a assistência estudantil - refeitórios, moradias, equipamentos de saúde e centros de convivência.
Falta de recursos interrompeu o sonho antigo
Não é a primeira vez que o Governo Federal anuncia a instalação da UFOP em Ipatinga. Durante o governo da então prefeita, Cecília Ferramenta (PT), entre 2013 a 2016, foram feitas todas as tratativas necessárias para que a Universidade Federal de Ouro Preto se viabilizasse no município.

À época, estiveram empenhados na articulação junto ao Governo Federal, a então vereadora Lene Teixeira (PT) e o Deputado Federal Leonardo Monteiro (PT/MG), o que garantiu com que o projeto avançasse no Ministério da Educação. Durante o processo a Câmara de Ipatinga chegou a destinar o terreno para construção do prédio que abrigaria o curso de medicina, no bairro Cidade Nobre. No entanto, a falta de recursos instituída pelo Teto dos Gastos Públicos, não permitiu que a proposta se materializasse.
Local da instalação

