Defesa de Virginia reage com surpresa a pedido de indiciamento na CPI das Bets

Advogado da influenciadora diz confiar na justiça do colegiado após relatora incluí-la na lista de 16 indiciados

Por Plox

10/06/2025 17h35 - Atualizado há 3 dias

O relatório final apresentado nesta terça-feira (10) pela senadora Soraya Thronicke, relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, trouxe um pedido que surpreendeu os advogados de Virginia Fonseca: o indiciamento da influenciadora por crimes de publicidade enganosa e estelionato.


Imagem Foto: Agência Senado


A defesa de Virginia, representada pelo advogado Michel Saliba, reagiu com espanto ao saber que sua cliente está entre os 16 nomes sugeridos para indiciamento. Em nota enviada à imprensa, ele declarou que confia na sensatez do colegiado da CPI na hora de deliberar sobre o relatório, cuja votação foi adiada após pedido de vista coletivo. A expectativa é de que a decisão seja tomada na próxima quinta-feira (12) ou, no mais tardar, na terça-feira (17).



“A defesa se pronunciará oportunamente, após a deliberação colegiada final da CPI, sempre confiando que se observe à Virgínia o mesmo tratamento dado a outros influenciadores digitais que, assim como ela, agiram licitamente na divulgação e publicidade das Bets, e que, no entanto, não constaram como indiciados na manifestação da relatora”

, diz um trecho do comunicado da defesa.


Além de Virginia, outros influenciadores e nomes ligados ao setor de apostas estão na lista de indiciamentos proposta pela senadora. Entre eles, está a advogada e também influenciadora Deolane Bezerra, que, segundo o relatório, seria sócia oculta de uma casa de apostas sem autorização do Ministério da Fazenda. Thronicke sugeriu que ela responda por contravenções penais, como jogo de azar e loteria não autorizada, além de crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.


A lista de indicados inclui:


- Adélia de Jesus Soares: lavagem de dinheiro e organização criminosa;


- Daniel Pardim Tavares Gonçalves: falso testemunho, lavagem de dinheiro e organização criminosa;


- Deolane Bezerra dos Santos: jogo de azar, loteria não autorizada, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa;


- Ana Beatriz Scipiao Barros: mesmos crimes de Deolane;


- Jair Machado Junior: mesmos crimes de Deolane;


- José Daniel Carvalho Saturino: mesmos crimes de Deolane;


- Leila Pardim Tavares Lima: mesmos crimes de Deolane;


- Marcella Ferraz de Oliveira: mesmos crimes de Deolane;


- Virginia Pimenta da Fonseca Serrão Costa: publicidade enganosa e estelionato;


- Pâmela de Souza Drudi: publicidade enganosa e estelionato;


- Erlan Ribeiro Lima Oliveira: lavagem de dinheiro e associação criminosa;


- Fernando Oliveira Lima: lavagem de dinheiro e associação criminosa;


- Toni Macedo da Silveira Rodrigues: lavagem de dinheiro e associação criminosa;


- Marcus Vinicius Freire de Lima e Silva: lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, jogos de azar, associação criminosa, tentativa de influenciar o Judiciário, corrupção ativa e tráfico de influência;


- Jorge Barbosa Dias: lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal e jogos de azar;


- Bruno Viana Rodrigues: lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar.



A defesa de Virginia espera que, ao fim da votação, o colegiado leve em conta a legalidade da conduta da influenciadora, que, segundo o advogado, teria agido conforme a lei ao promover as empresas de apostas investigadas.


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