Miss Bahia é morta e polícia acredita em premeditação do crime por amigo
Delegada afirma que suspeito atraiu Raíssa com falsa proposta de emprego e usou lona nova para ocultar corpo; exame toxicológico pode confirmar se jovem foi dopada
Por Plox
10/06/2025 14h21 - Atualizado há 2 dias
A Polícia Civil do Paraná apresentou nesta terça-feira (10) detalhes que reforçam a suspeita de que o assassinato de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, a Miss Teen da Bahia, foi premeditado por Marcelo Alves, amigo da vítima. A jovem foi encontrada morta, enrolada em uma lona, em uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com a delegada Aline Manzatto, Marcelo mentiu em seu primeiro depoimento, o que já levantou suspeitas. Ele afirmou que tinha ferramentas em casa e que havia usado para embalar o corpo de Raíssa. No entanto, durante diligência, nenhum dos objetos citados foi localizado, o que contradiz a versão inicial do suspeito.
A lona utilizada para ocultar o corpo estava em bom estado, praticamente nova, o que, segundo a polícia, demonstra preparo anterior ao crime. Marcelo teria inventado uma proposta de emprego apenas para atrair Raíssa até sua residência. A delegada reforçou que os materiais encontrados eram específicos para a ocultação de cadáveres, indicando que tudo foi planejado.
A investigação agora trata o caso como feminicídio, o que pode elevar a pena para até 40 anos de prisão. A morte, causada por asfixia, é apenas uma parte da complexidade do crime, segundo a delegada.
O corpo da Miss Serra Branca Teen foi localizado após uma confissão de Marcelo, que informou à polícia onde estava o cadáver. Raíssa estava desaparecida desde o dia 2 de junho. O filho do suspeito também está sendo investigado por possível participação no crime.
A polícia ainda aguarda os resultados do Instituto Médico Legal (IML), inclusive um exame toxicológico. Não foram encontradas lesões que indiquem abuso sexual, mas os exames laboratoriais deverão confirmar essa informação. Existe a hipótese de que Raíssa tenha sido dopada antes de ser morta, uma vez que o corpo não apresentava sinais de luta corporal.
Aline Manzatto explicou que a jovem e o suspeito almoçaram juntos pouco antes do crime, o que levou a polícia a solicitar um exame gástrico para verificar o que Raíssa ingeriu naquele dia. A análise toxicológica poderá confirmar se houve uso de substâncias para dopá-la, o que reforçaria ainda mais a tese de crime premeditado.