PF prende hackers que atacaram STJ, CNJ e sistema Gov.br

Suspeitos usavam pseudônimos em fóruns clandestinos e atacaram órgãos públicos, universidades e plataformas como Pix

Por Plox

10/06/2025 09h37 - Atualizado há 2 dias

Na manhã desta terça-feira (10), uma operação da Polícia Federal desmontou um grupo de hackers que vinha realizando ataques a importantes instituições públicas brasileiras desde o segundo semestre de 2024. As ações criminosas atingiram órgãos como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), além de sistemas federais como o Gov.br.


Imagem Foto: Pixabay


A operação, batizada de Timeout, contou com a execução de dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão. As diligências foram realizadas simultaneamente no Distrito Federal, em São Paulo e no Paraná. Os suspeitos usavam identidades falsas e atuavam sob pseudônimos em fóruns clandestinos especializados no compartilhamento de dados ilegais, promovendo ataques cibernéticos entre setembro de 2024 e março de 2025.



Entre os alvos também estão sistemas de empresas estatais e instituições de ensino, como a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O grupo ainda teria comprometido serviços bancários, inclusive interferindo nas operações do sistema Pix.



De acordo com informações repassadas pela PF, os criminosos utilizaram diversas estratégias para dificultar a identificação, como o uso de infraestrutura digital internacional, redes privadas virtuais (VPNs) e ferramentas de ocultação de endereços IP. As investigações também apontam que o grupo publicava conteúdos de reivindicação dos ataques em fóruns especializados da deep web.


\"Há fortes indícios do uso de infraestrutura internacional para mascaramento de IP, além de publicações reivindicatórias em fóruns da deep web\", informou a PF

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Os envolvidos poderão responder por crimes como invasão de dispositivo informático, perturbação de serviço telemático, associação criminosa e divulgação ilegal de dados obtidos de forma ilícita. As investigações seguem em andamento, com possível desdobramento em novas operações.


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