Geadas do final de semana podem causar prejuízos de até 3 anos

Protocolo de segurança estabelece medidas para evitar praga em plantações de cacau

Por Plox

10/07/2019 09h13 - Atualizado há quase 5 anos

Os produtores de café continuam contabilizando os prejuízos por conta das geadas registradas em Minas Gerais neste último fim de semana.  E pelos últimos levantamentos, os danos podem se estender por um bom tempo. Quem vai nos explicar esse cenário preocupante para os cafeicultores é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas. 

Foto: Notícias AgrícolasWhatsApp-Image-2019-07-10-at-07.39

“Os produtores ainda estão buscando quantificar o total da área atingida por essas geadas e o tamanho dos prejuízos. O que já se sabe é que na região de Muzambinho, no estado de Minas Gerais, as geadas foram as mais fortes desde 1994 e os prejuízos podem se estender por até três temporadas. O que nós vamos saber então é a intensidade dessas perdas. Elas serão analisadas ainda nesta semana. Já as definições sobre essas perdas só devem aparecer em 20 ou 30 dias. Então vamos seguir acompanhando. Lembrando que uma massa de ar polar segue para a região nordeste do país, mas ainda fica nos estados de MG e MS, e quando falamos principalmente do estado mineiro, falamos da principal região produtora de café do Brasil”, comenta a jornalista.

Querendo evitar prejuízos com pragas, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ceplac, do Ministério da Agricultura desenvolveu um protocolo de segurança para as plantações de cacau a fim de evitar a doença chamada monilíase, que pode ser transportada por humanos.

O que a comissão estabeleceu para as plantações da cultura, Carla?

“Esse protocolo alerta, principalmente, sobre a gravidade dessas doenças, que é uma doença que ocorre em locais próximos à fronteira norte brasileira e causa grandes perdas nas lavouras de cacau, não só do Brasil, mas de outros países também. Então, o objetivo é estabelecer algumas orientações para pessoas que queiram visitar países afetados e visitantes que chegam de áreas infectadas. Será elaborada uma cartilha que será distribuída para os produtores das regiões cacaueiras afetadas ,ou não, pela doença com medidas preventivas e de conscientização e treinamento para evitar a doença. A melhor forma é evitar que ela chegue, que ela entre no Brasil”, finaliza.
 

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