Jean Wyllys se posiciona contra a extrema-direita na Parada LGBT+ instigando o público a entoar o coro de “inelegível”

Na Parada do Orgulho LGBT+ de Brasília, Wyllys fez uso de sua voz política. Em cima de um trio elétrico, ao lado de Fábio Félix

Por Plox

10/07/2023 07h37 - Atualizado há mais de 1 ano

Após quatro anos de autoexílio em decorrência de ameaças de morte, Jean Wyllys, ex-deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), está de volta ao Brasil desde o final de junho. Seu retorno foi marcado pela sua participação ativa na Parada LGBT+ de Brasília, realizada no último domingo, dia 9 de julho. Antes de retomar a agenda pública, Wyllys havia se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva, no Palácio do Planalto. Janja manifestou seu contentamento com o retorno de Wyllys, dizendo, em publicação no Twitter: “Dia de dar um abraço apertado no nosso Jean Wyllys e dizer pessoalmente como é bom tê-lo de volta. O Brasil é seu!”

 

Foto: Reprodução/Instagram

Contra a Extrema-Direita: O Discurso de Jean Wyllys na Parada LGBT+

Na Parada do Orgulho LGBT+ de Brasília, Wyllys fez uso de sua voz política. Em cima de um trio elétrico, ao lado de Fábio Félix, deputado distrital pelo Psol-DF, o ex-deputado federal vocalizou seu posicionamento contra a extrema-direita no Brasil. Wyllys convocou a união dos participantes do evento para fazer frente a essa ideologia política, a qual ele associou à pobreza, à desigualdade e à repressão da liberdade dos indivíduos LGBT+. “Vamos nos unir nesse grande coro contra a extrema-direita, contra aqueles que querem a pobreza, que querem a desigualdade, aqueles que querem que voltemos pros armários. Não vamos voltar! Vamos amar”, declarou Jean, instigando o público a entoar o coro de “inelegível”, termo este que fazia referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Em seu discurso, Jean Wyllys também manifestou sua oposição ao Pastor André Valadão, que se destacou nos últimos meses por seus ataques à comunidade LGBT+, chegando a incitar a morte de pessoas deste grupo. Wyllys reforçou o caráter progressista da cidade de Brasília, negando seu rótulo de conservadora, afirmando que a Parada do Orgulho mostra que a capital federal "não é uma cidade conservadora". Essa foi uma das primeiras aparições públicas de Wyllys desde seu retorno ao Brasil.

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