Tenente-coronel Mauro Cid será interrogado em CPMI sobre mensagens golpistas

Devido à agenda atribulada da Câmara dos Deputados, a presidência da CPMI, sob liderança do deputado Arthur Maia (União-MA), anunciou o adiamento do depoimento.

Por Plox

10/07/2023 13h10 - Atualizado há cerca de 1 ano

Mauro Cid, tenente-coronel e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, estará presente em uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que ocorrerá na terça-feira (11/7). Esta CPMI investiga os incidentes antidemocráticos ocorridos na capital brasileira, Brasília, em 8 de janeiro.

 

Foto: Reprodução/Twitter

A participação de Cid nesta sessão havia sido originalmente planejada para o dia 4 de julho. No entanto, devido à agenda atribulada da Câmara dos Deputados, a presidência da CPMI, sob liderança do deputado Arthur Maia (União-MA), anunciou o adiamento do depoimento.

A Situação Legal de Cid

Cid está atualmente preso desde 3 de maio, acusado de envolvimento em um esquema fraudulento no Ministério da Saúde. Ele teria inserido informações falsas nos cartões de vacina de membros de sua própria família e da família do ex-presidente Bolsonaro. Ademais, Mauro Cid é suspeito de participação no caso das jóias recebidas pelo então presidente Bolsonaro, um presente do governo da Arábia Saudita.

Esperanças e Expectativas para a Oitiva

Na próxima sessão da CPMI, espera-se que Cid esclareça algumas questões relacionadas a mensagens de cunho golpista encontradas em seu celular. Estas incluem um esboço de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e instruções para a execução de um golpe de Estado para assegurar a permanência de Bolsonaro no poder. Tais mensagens foram reveladas em um relatório de 66 páginas elaborado pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

A Luta de Cid para Evitar a CPMI

Mauro Cid tentou, em junho, obter um Habeas Corpus para evitar sua presença na comissão que investiga os eventos golpistas de 8 de janeiro. Entretanto, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Cid deveria comparecer à CPMI, concedendo-lhe o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.

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