Falsos médicos são presos por consultas ilegais e venda de óculos

Criminosos atendem 900 pessoas em mutirões de oftalmologia desde maio

Por Plox

10/07/2024 09h06 - Atualizado há 3 meses

Dois homens foram presos nesta terça-feira (9/7) em Vitória, Espírito Santo, por prática ilegal da medicina. Os suspeitos, que se passavam por oftalmologistas, realizaram atendimentos para aproximadamente 900 pessoas desde o início de suas operações criminosas em maio.

Imagem colorida de óculos vendidos por oftalmologistas fakes - Metrópoles

Modus operandi revelado

De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, os presos, cujos nomes não foram divulgados, são um instrutor de autoescola e um vendedor desempregado. A dupla organizava mutirões de atendimento oftalmológico, onde forçavam as pessoas a comprarem óculos com preços superfaturados. Os eventos eram divulgados como exames gratuitos, mas, na verdade, as pessoas eram atendidas por indivíduos sem nenhuma qualificação médica. “Eram exames gratuitos, quando as pessoas chegavam lá, eram atendidas por duas pessoas sem nenhuma qualificação, essas pessoas utilizavam material próprio destes médicos, e quando as pessoas eram atendidas, eles tentavam empurrar um óculos de uma qualidade inferior, com um preço muito acima do mercado”, explicou o delegado Eduardo Passamani, responsável pelo caso.

Óculos superfaturados e investigação

Os óculos vendidos pelos criminosos podiam ser encontrados na internet por preços entre R$ 30 e R$ 40, mas eram oferecidos por valores entre R$ 300 e R$ 500. Segundo Passamani, a dupla realizava esses serviços através de uma ótica, já identificada, cujos proprietários serão investigados por propaganda enganosa e falsidade. Os crimes ocorreram tanto na Grande Vitória quanto em municípios do interior do estado.

Comunidades como alvo

Os falsos médicos ofereciam seus serviços principalmente a lideranças comunitárias e igrejas, atraindo grande número de pessoas vulneráveis. A dupla responderá em liberdade pelo crime de exercício irregular da medicina, e se condenados, poderão pegar de 2 a 6 anos de reclusão.

 

 

 

 

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