Petrobras testa voo em aeronave sem piloto para transporte de cargas

O principal objetivo do teste foi avaliar a viabilidade do transporte de cargas de até 50 kg entre o continente e as plataformas offshore, buscando agregar valor à logística do transporte aéreo

Por Plox

10/07/2024 17h03 - Atualizado há cerca de 2 meses

Em julho, foi realizado o primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada, percorrendo aproximadamente 180 quilômetros entre a base da Petrobras no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ), e a plataforma P-51, situada na Bacia de Campos, no litoral fluminense. A operação, ainda em fase de testes, foi executada em parceria com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, empresa contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.

Brasília (DF) 10.07.2024 - Aeronave remotamente pilotada da Petrobras. Foto: Cezar Fernandes/Agência Petrobras
Foto: Cezar Fernandes/Agência Petrobr

Objetivos do teste incluem redução de custos e emissões

O principal objetivo do teste foi avaliar a viabilidade do transporte de cargas de até 50 kg entre o continente e as plataformas offshore, buscando agregar valor à logística do transporte aéreo, reduzir custos operacionais e coletar dados essenciais para o compartilhamento do espaço aéreo com outras aeronaves. A expectativa é que essa tecnologia também contribua para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.

Tecnologia de drones já é utilizada pela Petrobras

Atualmente, a Petrobras emprega a tecnologia de drones para a pintura de plataformas e embarcações, além de outras atividades em altura, com o intuito de minimizar a exposição dos trabalhadores a riscos. A empresa planeja expandir o uso de aeronaves remotamente pilotadas, dependendo dos resultados dos testes em andamento.

Análise de dados e próximos passos

Os dados coletados durante o voo estão sendo analisados e a previsão é que o estudo seja concluído até o final do segundo semestre deste ano. Conforme a Petrobras, outros voos simulados serão realizados no mesmo espaço aéreo para validar a tecnologia. Se os resultados forem positivos, a companhia pretende implementar essa prática de forma mais ampla.

 

 

 

 

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