Lindbergh defende resposta do Brasil à nova tarifa imposta por Trump
Líder do PT na Câmara critica medida dos EUA e diz que governo Lula prepara reação baseada na Lei da Reciprocidade
Por Plox
10/07/2025 07h41 - Atualizado há 6 dias
O anúncio do presidente norte-americano Donald Trump, nesta quarta-feira (9), sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, provocou reações imediatas no Congresso Nacional.

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ) classificou a medida como um 'ataque forte' à soberania do Brasil e defendeu que o governo federal responda à altura, inclusive com base na Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada recentemente pelo Congresso e publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril.
Durante suas declarações, o parlamentar ressaltou que o impacto da decisão norte-americana deve ser profundo, afetando tanto as exportações brasileiras quanto os empregos no país. Ele destacou que o governo brasileiro ainda vai se posicionar oficialmente, mas garantiu que haverá algum tipo de reação por parte do Executivo e do Legislativo.
“Essa decisão aconteceu agora. A gente está trazendo o nosso repúdio, a nossa indignação, com o Trump e com essa extrema-direita. Nós vamos estar em diálogo com o governo federal, com o Itamaraty. Com certeza, vai ter alguma posição do governo brasileiro. Então, não adianta a gente aqui anunciar alguma coisa”, declarou Lindbergh.
O deputado acrescentou que, embora ainda não haja uma proposta legislativa pronta, está claro que o país precisa reagir. $&&$“O cálculo não é só econômico. Quando atacam as nossas instituições com um gesto como esse, o Brasil tem que, de alguma forma, responder”$, afirmou.
Quando questionado sobre o uso da Lei da Reciprocidade Econômica como instrumento de resposta, Lindbergh confirmou seu apoio à medida. “Claro. A gente com certeza vai ter medidas legislativas, mas a gente quer conversar, quer ter a posição do presidente Lula”, disse, ressaltando a importância de uma coordenação direta com o Executivo.
Segundo o petista, o presidente Lula ainda deve se manifestar publicamente sobre o assunto, mas a sinalização é de que o Planalto prepara uma resposta estratégica e articulada. “Nós temos um comandante, é o presidente da República”, concluiu o deputado.