Setor agropecuário declara apoio a Bolsonaro

Encontro Nacional do Agro aconteceu hoje, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília/DF. O evento contou com a participação de Federações Estaduais, sindicatos e associações do setor

Por Plox

10/08/2022 16h21 - Atualizado há mais de 1 ano

Na parte da manhã desta quarta-feira (10/08), o encontro contou com a participação de autoridades como o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o candidato a vice dele, o general Braga Netto, a ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (Progressistas).
O presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, e os ministros Marcos Montes (Agricultura), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), também estavam presentes, além do almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.
O presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins da Silva Júnior, em seu discurso de abertura, declarou o apoio do setor agropecuário à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PR) e atacou, sem citar nomes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse que: “não tem mais espaço nesse país para uma equipe corrupta e incompetente e muito menos o retorno de um candidato que foi processado e preso como ladrão”.


Martins ainda fez um pedido que os ruralistas sejam "intervenientes" nas próximas eleições e que ajudem a eleger representantes no Congresso Nacional engajados com a aprovação das "grandes" reformas. Ele disse que: "Queremos deixar um Brasil para que nossos filhos e netos tenham orgulho de ser brasileiros. Isso só será possível se tivermos coragem e determinação de fazer com que seja eleito um Congresso Nacional responsável e comprometido com reformas, e um presidente que dê continuidade ao que estamos vendo hoje".
Em um discurso longo durante sua participação no evento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou um tom eleitoral, onde  defendeu o seu governo e suas propostas, algumas sem relação direta com o agronegócio, como a revisão do conteúdo dos livros didáticos da escola. 
Os setores do agronegócio e pecuária foram apoiadores de Jair Bolsonaro na campanha de 2018 e continuaram com esta ligação durante a gestão. Ao chegar ao evento e ao subir ao palco, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ovacionado pela plateia que o chamava aos gritos de "mito".

Foto: Divulgação CNA


Durante uma apresentação sobre as prioridades da entidade para o próximo governo, Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, disse que uma das demandas do setor é classificar a invasão de terras rurais como "ato terrorista". A entidade disse estar muito satisfeita e agradecida pela titulação de terras durante a gestão do atual governo. O número foi maior que os documentos entregues nos últimos 16 anos anteriores, segundo afirmou o diretor técnico. 
As demandas apresentadas não se concentram apenas no agronegócio e pecuária, abordam também itens como saúde, emprego e segurança pública.
A reportagem do Plox em Brasília/DF conversou com César Afonso Lacerda, presidente da Cooperativa Agropecuária (Coopel) de Pompéu/MG que participou do evento, ele disse: "Estou muito feliz e surpreso com o que eu vi. Acredito que este encontro seja a maior representatividade do Agro em todas as forças políticas com todas as representações, sejam elas pecuária, de corte, de leite, da agricultura. (...) Aqui é um momento onde a gente renova as energias, onde a gente tem informações do que aconteceu e sobre os próximos planos de governo voltado ao lado político do qual a nossa classe depende muito para continuar neste sucesso, a gente tem de estar alinhados para continuarmos nesta crescente de tecnologia, essa crescente em produção, enfim. É um momento único onde grandes lideranças se encontram para trocas de idéias, buscar informações, alinhamentos políticos, especialmente, por ser um ano eleitoral, pra gente estar com toda essa cadeia alinhada”.

Imagem: Arquivo Pessoal (César Afonso Lacerda, presidente da Cooperativa Agropecuária - Coopel de Pompéu/MG)

 

O ex-presidente Lula tem tentado se aproximar de lideranças do setor. Nesta terça-feira (09/08), o candidato à presidência da República disse não entender a razão para ser considerado "um monstro". A declaração foi feita durante um evento na FIESP em São Paulo, ele esteve acompanhado do especialista no setor e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
 

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