China pode exigir regras ambientais para carne brasileira

Principal compradora do produto estuda seguir padrões da União Europeia, o que pode impactar exportações e pressionar pecuaristas

Por Plox

10/08/2025 13h26 - Atualizado há 3 dias

A China, maior compradora da carne bovina produzida no Brasil, avalia a adoção de normas ambientais semelhantes às implementadas pela União Europeia, que fazem parte da chamada lei antidesmatamento. A informação foi divulgada por Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da Marfrig, durante a São Paulo Climate Week, realizada na última sexta-feira (8).


Imagem Foto: Agência Brasil


De acordo com Pianez, representantes do governo chinês visitaram recentemente a Marfrig para discutir a possibilidade de condicionar as compras de carne ao cumprimento de critérios ambientais mais rigorosos. Ele destacou que a tendência internacional aponta para exigências ambientais cada vez mais altas e que será necessário o setor se adaptar para manter competitividade no mercado global.



Pelas regras já aplicadas na União Europeia, produtos como carne, couro, soja e café só podem ser importados se comprovarem não ter origem em áreas desmatadas após 2020. Caso a China adote medida parecida, o impacto para as exportações brasileiras poderá ser expressivo, exigindo que a pecuária nacional invista ainda mais em práticas sustentáveis para garantir o acesso a esses mercados.



A possível mudança ocorre em um momento de atenção ao setor, especialmente após o recente registro de caso de vaca louca no Pará, que já levanta preocupações sobre a continuidade e o volume das exportações.


Destaques