Debate entre Kamala Harris e Donald Trump marca momento crucial da campanha eleitoral
Candidatos à presidência dos EUA discutirão economia, imigração e aborto em evento transmitido ao vivo, buscando conquistar eleitores indecisos
Por Plox
10/09/2024 08h43 - Atualizado há 4 meses
O embate entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, candidatos à presidência dos EUA, acontece nesta terça-feira, 10 de setembro, com transmissão ao vivo a partir das 21h (horário local, 22h de Brasília), organizado pela emissora ABC. Esse debate é visto como crucial para definir o posicionamento dos eleitores indecisos, em uma eleição que se aproxima de maneira acirrada.
Debate sem público e com foco em grandes temas nacionais
Com 90 minutos de duração, o debate será realizado na Filadélfia, um importante marco histórico para a democracia americana. Harris, de 59 anos, e Trump, de 78, terão à disposição apenas um bloco de anotações, uma caneta e um copo de água, enquanto ficam atrás de púlpitos sem a presença de público. Os microfones serão ativados apenas no momento em que cada candidato estiver falando. A pauta do debate, embora as perguntas específicas não tenham sido divulgadas, deverá abordar temas críticos como economia, imigração e aborto, tópicos que preocupam profundamente a população americana.
Economia e imigração como prioridades
A economia, apontada por pesquisas como a principal preocupação dos eleitores, será um dos principais tópicos do confronto. Os candidatos apresentarão suas estratégias para combater a alta dos preços e o custo de vida, questões que afetam diretamente a qualidade de vida dos americanos.
A imigração, um tema caro a Trump, também deverá ocupar uma parte significativa do debate. O ex-presidente é conhecido por suas políticas rígidas em relação à fronteira com o México e já manifestou sua intenção de realizar deportações em massa, caso seja eleito novamente.
Divergências sobre o direito ao aborto
Outro tema que deverá provocar confronto direto é o direito ao aborto. Kamala Harris é uma forte defensora do tema, enquanto Trump evita se aprofundar nessa discussão para evitar alienar uma parte do eleitorado conservador, já que o tema tem grande potencial de polarizar eleitores.
A experiência de Trump e a ascensão de Kamala
Trump, que já participou de seis debates presidenciais anteriores, conta com sua experiência no palco político para enfrentar Harris. Sua equipe se mostra confiante em sua capacidade de navegar o debate, com Jason Miller, um dos conselheiros do ex-presidente, destacando que "é impossível preparar-se para um debate com o presidente Trump" devido ao seu estilo imprevisível.
Kamala, por outro lado, se prepara para possíveis "golpes baixos", prevendo que Trump "provavelmente falará muitas mentiras", como afirmou em entrevista na segunda-feira. Ela deve usar sua experiência como ex-promotora para explorar as vulnerabilidades de Trump, que continua envolvido em processos judiciais.
Uma oportunidade crucial para Kamala Harris
Desde que Joe Biden anunciou sua desistência da reeleição, Kamala emergiu como uma figura central na campanha democrata, ganhando apoio expressivo e quebrando recordes de arrecadação de fundos. Ainda assim, muitos eleitores, 28% segundo pesquisa do New York Times/Siena College, não conhecem suas propostas. O debate de hoje será a grande oportunidade para Harris se apresentar ao público de forma mais assertiva e conquistar o apoio necessário.
Riscos e desafios para ambos os candidatos
Enquanto Trump ainda conta com um forte apoio de sua base, qualquer deslize no debate pode ser prejudicial, especialmente ao enfrentar uma candidata 20 anos mais jovem. Ele tentará vincular Harris ao que ele descreve como um governo Biden fracassado, especialmente em questões como migração e inflação. Contudo, Harris tem a chance de reforçar a narrativa de renovação e mudança que sua candidatura representa, contrastando com a experiência de Trump.
O duelo desta noite, que poderá ser o único entre os dois, promete ser decisivo para as próximas etapas da corrida presidencial, com impacto direto nas intenções de voto em estados-chave como a Pensilvânia.