Um episódio inusitado envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro movimentou as redes sociais nesta terça-feira (9/9). Ela relatou que seu fusca precisou ser revistado antes de seguir para a oficina, em uma ação que, segundo sua versão, tinha como objetivo verificar se o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria escondido dentro do veículo.
Foto: Presidência Com tom irônico, Michelle comentou sobre a situação ao escrever:
"Vocês acham que, na frente de um Fusca - onde fica o estepe - cabe um homem de 1,85? Pois bem, hoje meu fusquinha foi para a oficina e tivemos que abrir a frente só para conferir se o Jair não estava escondido lá! Do jeito que andam as coisas, daqui a pouco pedem até para abrir o porta-luvas. Vai que, né?\
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Na postagem, ela compartilhou uma foto do automóvel bege com o porta-malas dianteiro aberto, assim como o motor localizado na parte traseira.
A declaração surge em meio ao cumprimento da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada em 4 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada após o ex-presidente descumprir reiteradas medidas cautelares.
O processo envolve transferências financeiras feitas por Bolsonaro para sustentar a estadia de seu filho Eduardo Bolsonaro, a nora e os netos nos Estados Unidos. O próprio ex-presidente admitiu ter enviado R$ 2 milhões, fato confirmado em depoimento à Polícia Federal. Eduardo, que se mudou para os EUA em março, chegou a afirmar que influenciou Donald Trump a adotar medidas contra autoridades brasileiras, incluindo sanções econômicas.
Antes da prisão domiciliar, Jair Bolsonaro já estava submetido a restrições como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de usar redes sociais e de sair de casa à noite ou aos fins de semana. Ainda assim, o ex-presidente responde a diferentes investigações na Justiça.
Entre as acusações, estão tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito, associação criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado. A Procuradoria-Geral da República sustenta que Bolsonaro foi um dos articuladores da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.
Caso seja condenado em todos os processos, o ex-presidente poderá enfrentar penas que somam até 43 anos de prisão.