Surto de diarreia em cidade mineira mobiliza autoridades de saúde
Quase 2 mil casos foram registrados em pouco mais de um mês; Secretaria de Saúde de Minas investiga possíveis fontes de contaminação
Por Plox
10/09/2025 13h10 - Atualizado há 7 dias
O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), intensificou o monitoramento epidemiológico após o aumento expressivo de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Desde o início de agosto até o dia 8 de setembro, foram contabilizados 1.957 atendimentos em unidades de saúde da cidade, o que representa uma média de 54 casos por dia — ou um novo caso a cada 27 minutos. Os sintomas relatados pelos pacientes incluem diarreia, dor abdominal, fraqueza e mal-estar.
Em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (Arsae-MG), a SES-MG investiga possíveis fontes de contaminação. A Copasa, responsável pelo abastecimento de água, afirma que não há relação entre o surto e a qualidade da água fornecida.
A SES-MG informou que atua no suporte às investigações de surtos relacionados a Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). As ações incluem a análise de possíveis fontes contaminantes e a implementação de medidas para conter a propagação da doença. O acompanhamento dos casos é feito por meio do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica de Doença Diarreica Aguda (Sivep-DDA).
No que diz respeito à qualidade da água, o governo estadual mantém o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), que realiza avaliações físico-químicas e microbiológicas da água distribuída. Em situações emergenciais, o programa oferece hipoclorito de sódio para a desinfecção em residências. Recentemente, foram investidos R$ 50,3 milhões para fortalecer a vigilância da água em todo o estado.
A SES-MG alerta que doenças diarreicas agudas são geralmente causadas por vírus, bactérias ou parasitas e estão relacionadas ao consumo de água e alimentos contaminados, falta de saneamento básico e higiene precária. Embora, na maioria das vezes, sejam autolimitadas, podem causar desidratação severa, especialmente em crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade.
Como forma de prevenção, o órgão recomenda cuidados como higienização adequada das mãos, consumo de água potável, conservação correta de alimentos e procura por atendimento médico diante de sintomas persistentes ou sinais de desidratação.