Governo antecipa gabarito do Enem 2024 para próxima semana
Aumento na participação de estudantes concluintes no Enem é comemorado; governo estuda novas certificações para 2025.
Por Plox
10/11/2024 20h51 - Atualizado há 28 dias
O gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 será divulgado antes do previsto, anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana, em coletiva realizada neste domingo (10). Inicialmente programado para o dia 20 de novembro, o gabarito será disponibilizado na próxima semana, adiantando informações para os milhares de candidatos que participaram do exame. O anúncio foi feito ao lado de Manuel Palácios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Novas certificações para 2025
Para o próximo ano, o Ministério da Educação planeja mudanças importantes, incluindo o uso do Enem como certificado de conclusão do Ensino Médio. Atualmente, essa certificação é fornecida apenas pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que será mantido para estudantes que estão fora do Ensino Médio regular. O Inep também estuda a possibilidade de integrar o Enem ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com o objetivo de unificar as avaliações.
Aumento expressivo na participação de concluintes
Camilo Santana destacou o aumento expressivo na participação de alunos concluintes do Ensino Médio no Enem 2024, passando de 58% em 2023 para 94% neste ano. Esse crescimento, segundo o ministro, é um reflexo direto do programa “Pé de Meia”, que concede um auxílio financeiro mensal aos estudantes e oferece um bônus adicional para aqueles que participam dos dois dias de prova do Enem.
Taxa de presença e abstenção
A presença dos inscritos também foi um ponto abordado na coletiva. No primeiro dia de exame, 73,4% dos candidatos compareceram, enquanto o segundo dia contou com 69,4% de presença. A abstenção, que chegou a 30,6% no segundo dia, foi considerada dentro da média esperada, segundo o Inep.
Cortes no orçamento e novos limites de gastos em educação
Durante a coletiva, o ministro Camilo Santana evitou comentários sobre o pacote de corte de gastos que o governo federal deve anunciar nesta semana, possivelmente afetando o Ministério da Educação. Questionado sobre a questão, Santana limitou-se a dizer: “Quem fala sobre isso é o ministro da Fazenda ou o presidente da República”.
O governo avalia ainda uma possível modificação nos pisos de gastos obrigatórios em educação, atualmente estabelecidos pela Constituição em 18% da receita líquida de impostos. A proposta em análise sugere que o crescimento desses gastos seja limitado a 2,5% acima da inflação, conforme as diretrizes do novo arcabouço fiscal.