Primeiro caso de gripe aviária em humano é registrado no Canadá

Autoridades investigam origem da infecção e possíveis riscos de transmissão

Por Plox

10/11/2024 20h26 - Atualizado há 28 dias

As autoridades de saúde do Canadá confirmaram o primeiro caso de gripe aviária em um ser humano no país. O paciente, um adolescente da província de Colúmbia Britânica, está atualmente em tratamento em um hospital pediátrico, de acordo com informações divulgadas pelo Departamento de Saúde da região. A infecção foi identificada como sendo do tipo H5.

Foto: Italo Melo/Pexels/Reprodução

Investigação em andamento

As autoridades informaram que a fonte exata de contaminação e qualquer possível contato estão sob investigação. Segundo a autoridade de saúde provincial Bonnie Henry, "É um evento raro. Estamos conduzindo uma investigação minuciosa para entender completamente a fonte da exposição". A suspeita inicial é que o contágio tenha ocorrido a partir de uma ave ou outro animal.

Gripe aviária em aves e mamíferos

A gripe aviária tem sido encontrada, principalmente, em aves selvagens e domésticas, com surtos ocasionais também em outros animais. Nos Estados Unidos, epidemias recentes ocorreram em gados, ampliando as preocupações sobre a propagação do vírus entre mamíferos. Embora a infecção em humanos seja incomum, o aumento de casos em mamíferos está sob alerta dos cientistas, que temem que a ampla disseminação entre animais possa facilitar mutações perigosas no vírus.

Preocupações com possível mutação

Os especialistas estão atentos ao risco de o vírus sofrer uma mutação que permita a transmissão direta entre humanos, o que ampliaria significativamente o nível de ameaça. Em setembro, um caso registrado no estado do Missouri, nos Estados Unidos, levantou questões semelhantes, pois um paciente testou positivo para gripe aviária sem ter tido exposição conhecida a animais.

Transmissão e prevenção

Até o momento, não há evidências de que a gripe aviária seja transmissível de pessoa para pessoa. A transmissão para humanos ocorre em casos muito raros, geralmente associados ao contato direto com aves infectadas ou ambientes contaminados. Cientistas monitoram cuidadosamente a situação, especialmente diante do número crescente de infecções em animais, para evitar uma possível crise de saúde pública caso surjam mutações que aumentem a transmissibilidade entre humanos.

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