Polícia Federal desencadeia ação que acusa filho de Lula de corrupção
Segundo o MPF, o esquema envolveu mais de R$ 100 milhões e parte foi usada no sítio de Atibaia
Por Plox
10/12/2019 11h35 - Atualizado há mais de 4 anos
Foi iniciada nesta terça-feira (10), a 69ª fase da Operação Lava Jato, tendo como alvo uma quantia repassada pelo grupo Oi/Telemar para empresas que teriam como sócio o filho do ex-presidente Lula, de 44 anos, Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
Segundo as apurações, as empresas dele (Gamecorp/Gol) teriam sido usadas como “fachada” para o repasse de mais de 100 milhões de reais de propina que tinha como objetivo fazer o então-presidente Lula e outras pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores beneficiarem as empresa a Telemar/Oi.
Nos autos da investigação, os agentes afirmam que as empresas do filho de Lula "não possuíam mão de obra e ativos compatíveis com a efetiva prestação dos serviços para os quais foram contratadas pela Oi/Telemar".
Anatel em benefício da Oi/Telemar
De acordo com a Procuradoria, os resspasses geraram à Telemar/Oi beneficios do Governo Federal, comandado à época pelo PT, com "diversas decisões políticas e administrativas no setor de telecomunicações".
Um dos exemplos citados na investigação é decreto 6.654/2008, assinado por Lula, quando era presidente da República. Esse permitiu que grupo Oi/Telemar comprasse a Brasil Telecom.
As investigações apontam ainda que o suposto suborno garantiu à Oi/Telemar benefícios com a indicação de um conselheiro da Anatel. Agência Nacional de Telecomunicações.
Com um indicado dentro da Anatel, a Oi/Telemar passaria a ser beneficiada em detrimento de outras empresas de telecomunicações. A época dos fato coincide com o momento de expansão dos serviços de internet banda larga pelo interior do país. A Telemar nomeou seu serviço de internet como “Velox”. Agentes da Anatel podem ter agido com o intuito de beneficiar a Oi/Telemar na tentativa de manter o seu domínio setor.