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Polícia
Esquema de fraude em prefeituras mineiras desvia quase R$ 30 milhões, aponta Polícia Federal
Prefeituras de Betim, Divinópolis e Ribeirão das Neves foram alvos de organização criminosa que fraudou contratos de saúde durante a pandemia de Covid-19
10/12/2024 às 11:58por Redação Plox
10/12/2024 às 11:58
— por Redação Plox
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Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou a atuação de uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 27,5 milhões dos cofres públicos de três prefeituras de Minas Gerais entre 2020 e 2021. O esquema, que envolvia fraudes na gestão de serviços de saúde, foi detectado em Betim, Divinópolis e Ribeirão das Neves, sendo liderado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS), segundo apontam as investigações.
A operação "Entre Amigos", que está em sua terceira fase, resultou no indiciamento de 27 pessoas, incluindo servidores municipais e integrantes do IBDS. De acordo com o delegado Felipe Baeta, responsável pelo caso, a organização criminosa contava com a colaboração de funcionários públicos para facilitar a contratação do instituto sem licitação e superfaturar a compra de materiais e serviços relacionados ao combate à Covid-19.
Foto: TV Globo/Reprodução
Fraudes começaram em Divinópolis e se espalharam para outras cidades
O esquema foi inicialmente identificado em Divinópolis, onde foram fraudados contratos para a gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e de um hospital de campanha. O valor total dos contratos chegou a R$ 100 milhões, dos quais a PF estima que até 20% possam ter sido desviados. Até o momento, foi comprovado o desvio de R$ 3,5 milhões.
Onze pessoas foram indiciadas por participação nas irregularidades em Divinópolis, incluindo servidores públicos e integrantes do IBDS. Entre os indiciados, cinco se tornaram réus na Justiça Federal sob acusação de desvio de recursos públicos e participação em organização criminosa. Para aprofundar as investigações, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou, em agosto deste ano, a abertura de novos inquéritos para dividir o processo em várias frentes.
Betim registrou maior prejuízo no esquema
Durante a apuração das fraudes em Divinópolis, surgiram indícios de que a Prefeitura de Betim também havia sido alvo do mesmo esquema. Segundo relatório da operação "Entre Amigos II", enviado ao MPF no dia 5 de dezembro, o então secretário de Saúde de Betim, Guilherme Carvalho Paixão, e o diretor de saúde, Paulo Maia, teriam permitido a contratação do IBDS sem licitação.
Os contratos em Betim totalizaram R$ 99,5 milhões, e uma auditoria independente solicitada pela própria prefeitura identificou o desvio de R$ 23 milhões. Apesar das irregularidades, o delegado Baeta destacou que a participação direta da Prefeitura de Betim foi descartada pela investigação.
Ribeirão das Neves também foi alvo da organização criminosa
Além de Betim e Divinópolis, Ribeirão das Neves também entrou na mira da operação. As investigações indicam que o esquema foi replicado na cidade com a mesma estrutura de fraude, envolvendo ao menos 20 pessoas, entre servidores públicos e membros do IBDS.
Conforme apontado pelo delegado Felipe Baeta, cerca de 20% dos valores dos contratos firmados com a Prefeitura de Ribeirão das Neves teriam sido desviados, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão para os cofres públicos. As investigações sobre as fraudes em Ribeirão das Neves ainda estão em andamento e devem ser concluídas até o final do primeiro semestre de 2025.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.