Justiça autoriza Alexandre Nardoni a passar fim de ano com família em Guarujá

Condenado pelo assassinato da filha Isabella, ele obteve permissão para viajar sob condições específicas.

Por Plox

10/12/2024 19h15 - Atualizado há cerca de 12 horas

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos e um mês de prisão pelo assassinato da filha, Isabella Nardoni, a passar as festas de fim de ano em Guarujá, no litoral paulista. A decisão, divulgada nesta terça-feira (10), permite que Nardoni, atualmente em regime aberto, viaje entre 23 de dezembro e 3 de janeiro.

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Condições da liberação

De acordo com o documento assinado pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, Nardoni poderá se ausentar da capital paulista durante o período estipulado. Entretanto, ele deve permanecer na residência da família, localizada no Jardim Acapulco, Guarujá, entre 20h e 6h, além de estar proibido de frequentar bares, casas de jogos e outros locais considerados incompatíveis com o benefício.

Essa permissão é comum para detentos que cumprem pena em regime aberto e seguem cumprindo as condições impostas pela Justiça. Alexandre Nardoni progrediu para o regime aberto em maio de 2024, após cumprir 16 anos de prisão e demonstrar bom comportamento, conforme relatórios apresentados pela administração do presídio.

Progressão de regime

Em decisão de 6 de maio, o juiz José Loureiro Sobrinho, da Vara Criminal de São José dos Campos, apontou que Nardoni havia completado o tempo necessário para a progressão do regime, além de cumprir os requisitos legais. “Preenchendo assim os requisitos objetivos e subjetivos exigidos pela lei para a obtenção do benefício”, destacou o magistrado, ressaltando a ausência de faltas disciplinares durante o cumprimento da pena.

Ainda que o Ministério Público tenha enfatizado a gravidade do crime, o juiz considerou que não há impedimentos para a ressocialização do condenado, principal objetivo do regime aberto.

Relembre o caso Isabella Nardoni

O assassinato de Isabella Nardoni, então com 5 anos, comoveu o país em 2008. A menina foi arremessada do sexto andar do prédio onde vivia com o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na Zona Norte de São Paulo.

Após um intenso processo investigativo e julgamento, o casal foi condenado pelo crime em 2010. Desde então, ambos sempre negaram a autoria do assassinato.

Histórico do cumprimento da pena

Nardoni iniciou sua sentença em regime fechado, mas, em abril de 2019, progrediu para o regime semiaberto, que incluía o direito a saídas temporárias para visitar familiares. Cinco anos depois, conquistou o regime aberto, no qual permanece até agora, sempre sob supervisão judicial.

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