A Caixa Econômica Federal voltou a permitir a contratação simultânea de mais de um financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A flexibilização retoma a possibilidade de acúmulo de até dois contratos ativos por cliente.
Caixa impôs a restrição em novembro de 2024, mas voltou atrás agora; mudança se aplica a financiamentos com recursos da poupança
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A possibilidade de manter até dois financiamentos imobiliários ao mesmo tempo na Caixa estava suspensa desde novembro de 2024. Com a nova decisão, o banco afirma que busca atender à demanda do mercado e ampliar oportunidades para famílias e investidores, retomando a regra anterior.
Durante o período de restrição, nem mesmo cônjuges, independentemente do regime de casamento, podiam contratar um novo crédito imobiliário junto à instituição se já houvesse um financiamento em vigor.
De acordo com o banco, a liberação de mais de um financiamento é acompanhada por um conjunto de alterações nas condições de crédito habitacional, voltadas a facilitar o acesso à moradia e a estimular a construção civil.
Entre as principais mudanças, estão:
Aumento do teto do SFH
O limite do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi ampliado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, o que permite enquadrar imóveis de maior valor nas condições desse sistema.
Elevação da cota de financiamento
A Caixa voltou a financiar até 80% do valor do imóvel na modalidade SAC e até 70% na modalidade Price, reduzindo o valor mínimo de entrada exigido do comprador.
Linha de crédito para reformas
Está previsto o lançamento, em outubro de 2025, de uma linha específica para reformas, dentro do programa Reforma Casa Brasil, voltada à melhoria e adaptação de imóveis já existentes.
Recursos para o Minha Casa, Minha Vida
O banco pretende operacionalizar R$ 30 bilhões do Fundo Social no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinados a famílias com renda de até R$ 9,6 mil.
Os financiamentos imobiliários com recursos do SBPE têm o saldo devedor atualizado pela TR e oferecem taxas de juros efetivas a partir de 10,99% ao ano, com prazo de pagamento de até 420 meses, o equivalente a 35 anos.
A liberação do compulsório da poupança contribui para ampliar a liquidez do sistema financeiro, oferecendo suporte às operações de crédito imobiliário em um cenário de maior demanda. Essa medida fortalece a capacidade das instituições de manter o ritmo de concessões, mesmo diante da redução dos saldos de poupança, garantindo estabilidade e continuidade no atendimento ao mercado
Carlos Vieira, presidente da Caixa
Segundo a instituição, as mudanças têm como foco ampliar o acesso à casa própria e dar fôlego ao setor da construção civil, aproveitando o reforço de liquidez proporcionado pela liberação de recursos do compulsório da poupança.
