O juiz Marcelo Furlanetto da Fonseca, lotado na 5ª Seção Judiciária de Londrina e em atuação na unidade judicial do Foro Regional de Cambé, no norte do Paraná, passou a ser alvo de suspeitas após uma representação anônima encaminhada ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). O documento aponta que o magistrado estaria residindo nos Estados Unidos enquanto deveria cumprir expediente presencial no Brasil.
Juiz é investigado por viver nos EUA enquanto deveria trabalhar presencialmente no Brasil
Foto: Redes sociais
A denúncia reúne diversos stories e fotos publicados em redes sociais, atribuídos ao juiz e a familiares, que indicariam presença frequente dele no exterior em períodos em que deveria estar em atividade no país. As imagens vão de outubro de 2023 a maio de 2025 e incluem registros em Palm Beach, nos Estados Unidos.
Em uma dessas postagens, feita em janeiro de 2025, o magistrado aparece em um momento de lazer, acompanhado da legenda “hoje a caminhada está diferente”.
Além dos Estados Unidos, o magistrado também publicou fotos de viagens a Portugal dentro do mesmo intervalo de tempo. Segundo a representação, os conteúdos mostram aniversários, passeios, períodos de descanso e férias.
O texto sustenta que, apesar da sequência de registros no exterior, não há indicação pública de afastamentos oficiais que coincidam com todas as datas das viagens relatadas.
A situação ganhou novo peso após um story publicado pela esposa do juiz em maio de 2025. Na postagem, ela afirma possuir um “zip code” nos EUA, expressão equivalente ao CEP no Brasil, o que sugere um possível endereço fixo da família em território norte-americano.
O Ministério Público do Paraná analisa o material recebido e deve decidir se abre um procedimento formal para apurar se o magistrado estaria descumprindo suas obrigações funcionais ao supostamente manter residência fora do país enquanto ocupa cargo ativo no Judiciário paranaense.
Até o momento, não há manifestação pública do juiz sobre as suspeitas.
