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Esportes
Novo CEO do Atlético, Pedro Daniel prioriza ajuste financeiro e blindagem do futebol
Apresentado na Arena MRV, executivo fala em reequilibrar dívidas, recuperar credibilidade no mercado e conter gastos na próxima janela de transferências, com foco em sustentabilidade esportiva
10/12/2025 às 11:52por Redação Plox
10/12/2025 às 11:52
— por Redação Plox
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Apresentado na manhã desta quarta-feira (10), na Arena MRV, como novo CEO do Atlético, Pedro Daniel descreveu o cenário que encontra no clube e indicou quais serão as prioridades de sua gestão. Em um momento de dívida elevada e busca por novos investimentos, o dirigente deixou claro que o foco inicial será o reequilíbrio das contas e a proteção do departamento de futebol.
Pedro Daniel expôs as dificuldades mais urgentes e reiterou que o Galo não pretende fazer grandes apostas no mercado
Foto: Divulgação / Atlético.
Pedro Daniel assume o posto de CEO no lugar de Bruno Muzzi e passa a ser o principal responsável pela reorganização financeira do clube. Segundo ele, o trabalho começou imediatamente, com um mapeamento detalhado do fluxo de caixa e dos compromissos já assumidos, para que o Atlético volte a ter previsibilidade em suas operações.
Diagnóstico financeiro e ajustes no fluxo de caixa
Na coletiva de apresentação, o executivo contou que as primeiras semanas têm sido dedicadas a entender em profundidade a situação econômico-financeira do Alvinegro, com atenção especial ao descompasso entre receitas e despesas ao longo do ano. O objetivo, segundo ele, é reduzir riscos e estabelecer um cronograma que permita ao clube honrar compromissos sem comprometer o desempenho esportivo.
Questionado sobre o tamanho exato da dívida, Pedro Daniel evitou cravar números. Ele explicou que o ano ainda não foi encerrado do ponto de vista contábil e que há entradas de recursos previstas até o fim da temporada. Para o novo CEO, mais importante do que o valor final no balanço é a forma como o clube vai organizar o fluxo de caixa e resgatar credibilidade junto ao mercado e aos credores.
Aporte previsto para 2026 e papel dos investidores
O executivo confirmou que há expectativa de um novo aporte financeiro ainda no primeiro semestre de 2026. Mais cedo, durante o evento de apresentação, a possibilidade já havia sido mencionada por um dos proprietários do Atlético, reforçando o compromisso dos atuais investidores em apoiar a reestruturação.
De acordo com Pedro Daniel, todas as alternativas estão sendo estudadas para garantir fôlego ao caixa do futebol no médio prazo. Entre elas, está a hipótese de que o próprio grupo de acionistas atuais participe desse novo aporte, o que ainda passa por debates internos sobre impactos na governança e na estrutura societária. Internamente, o conselho demonstra confiança tanto na necessidade da operação quanto na chance de que ela se concretize dentro do prazo projetado.
Reforços, orçamento e limites no mercado
Ao falar de futebol, o novo CEO reforçou que o Atlético não deve extrapolar seus limites financeiros na próxima janela de transferências. A reformulação do elenco e o planejamento esportivo seguem sob a condução de Paulo Bracks, Chief Sports Office (CSO) do clube, mas dentro de um orçamento mais controlado.
O dirigente reconheceu o desejo da torcida por um time mais competitivo e por maior volume de contratações, mas destacou que a realidade financeira atual impõe um ajuste de expectativas. Para ele, a dívida acumulada impacta diretamente a capacidade de investimento, e somente com uma estrutura de capital mais equilibrada o Atlético poderá voltar a disputar jogadores em igualdade com os clubes de maior poder econômico.
Nessa linha, Pedro Daniel apontou que há hoje uma correlação direta entre a solidez financeira e a performance esportiva, citando como exemplo equipes que chegam com frequência às decisões nacionais por terem orçamento mais robusto. A meta, segundo ele, é conduzir o Galo a esse patamar de forma sustentável, evitando movimentos considerados fora da realidade do clube.