Alerta em Minas Gerais para cabeças d’água após resgate de 16 pessoas na Serra do Cipó

Fenômeno meteorológico aumenta riscos em áreas de cachoeira durante período chuvoso

Por Plox

11/01/2024 07h47 - Atualizado há 11 meses

A recente operação de resgate de 16 pessoas ilhadas na Cachoeira de Braúnas, na Serra do Cipó, em Minas Gerais, acendeu o alerta para o perigo das cabeças d’água, um fenômeno meteorológico que representa um risco significativo, especialmente em áreas montanhosas com rios e cachoeiras.

crédito: Corpo de Bombeiros/Reprodução

Entendendo o Fenômeno As cabeças d’água são caracterizadas por um aumento repentino e intenso do nível da água nos rios, geralmente provocado por fortes chuvas nas cabeceiras dos rios. Segundo o meteorologista da Climatempo, Ruibran dos Reis, essas chuvas podem ser desencadeadas por processos meteorológicos orográficos, em que o ar quente sobe a montanha, condensa e esfria, formando nuvens que ocasionam chuvas intensas.

Sinais de Alerta e Precauções O sargento do Corpo de Bombeiros, Allan Azevedo, compara a cabeça d’água a um "tsunami dos rios", destacando que o volume de água pode subir vários metros em segundos, criando uma falsa sensação de segurança em dias de tempo bom. Azevedo aconselha que os banhistas fiquem atentos a sinais como aumento repentino do nível da água, mudança na coloração para mais barrenta, presença de galhos e folhas na água, e comportamento anormal de pássaros.

Ocorrências Anteriores e Recomendações Governamentais O fenômeno já causou tragédias, como em 2021, em Capitólio, onde uma cabeça d’água arrastou 19 pessoas, resultando em três mortes. Diante da frequência de tais eventos, o governo de Minas Gerais emitiu um alerta, recomendando que as pessoas redobrem a atenção em áreas propensas a cabeças d’água, especialmente durante o período chuvoso, que vai de outubro a abril.

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