Foragidos de alta periculosidade após saidinha em MG preocupam autoridades
Cinco criminosos ligados a facções e envolvidos em crimes graves não retornam às prisões mineiras, intensificando esforços policiais para recaptura
Por Plox
11/01/2024 07h13 - Atualizado há 11 meses
Cinco indivíduos considerados de alta periculosidade permanecem foragidos em Minas Gerais, após falharem em retornar às unidades prisionais no término da saída temporária de Natal e Ano Novo, um evento comumente conhecido como "saidinha". Segundo informações fornecidas pela major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar (PM) de Minas Gerais, os foragidos estão associados a facções criminosas e possuem histórico de envolvimento em homicídios, tráfico internacional de drogas e assaltos a bancos.
"Os presos foragidos têm um histórico de agressividade e de crimes mais violentos, além de estarem ligados às facções. Consideramos que eles são uma prioridade e que realmente apresentam um risco maior para a sociedade", declarou a major Layla Brunella.
Dentro do esforço de recaptura, denominado "Operação Escudo", a PM de Minas Gerais conseguiu localizar 81 dos 118 detentos que não retornaram após o benefício da saidinha, o que representa 69% dos casos. Nas últimas 24 horas, quatro criminosos foram recapturados, restando 37 ainda em fuga.
Saidinhas e Contexto Legal
As saidinhas, como são popularmente conhecidas, são saídas temporárias concedidas aos presos durante o cumprimento de suas penas. De acordo com a legislação brasileira, detentos em regime semiaberto têm o direito de quatro saídas por ano, com duração de sete dias cada. Essas liberações são uma medida que visa à ressocialização dos presos, conforme orientação do Poder Judiciário.
Neste período de Natal e Ano Novo, um total de 4.158 presos em Minas Gerais receberam autorização judicial para saída temporária, conforme dados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A questão das saidinhas ganhou maior visibilidade após o trágico evento envolvendo o sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, assassinado por um detento beneficiado por essa medida. O sargento foi alvejado na cabeça, à queima-roupa, aumentando o debate sobre a segurança e eficácia dessas liberações temporárias.
A Polícia Militar de Minas Gerais continua em alerta e intensifica as buscas pelos 37 foragidos restantes, em um esforço para garantir a segurança pública e cumprir as ordens judiciais.