Governador Romeu Zema prefere carnaval em família enquanto Minas Gerais investe pesado na folia

No Carnaval de 2024, enquanto Belo Horizonte se prepara para receber 5,5 milhões de foliões, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), escolheu passar o período festivo de forma tranquila ao lado dos pais. Em contraste com a agitação esperada na capital, Zema destacou sua preferência por um "Carnaval da tranquilidade", conforme expressou em suas redes sociais, enfatizando o tempo em família em detrimento das festividades públicas.

Este ano, o Carnaval ganhou especial atenção do governo estadual, que alocou cerca de R$ 4,5 milhões em patrocínios para o evento em Belo Horizonte. A iniciativa faz parte de um esforço para revitalizar a celebração após anos de menor engajamento do estado, com a expectativa de atrair até 12 milhões de turistas para o evento em Minas Gerais.

O otimismo do governo em relação ao Carnaval foi ecoado por Zema, que previu um evento sem precedentes: “nós vamos ter um Carnaval como nunca tivemos em 2024”. O vice-governador Mateus Simões até mesmo fez questão de receber pessoalmente os turistas no aeroporto internacional de Confins, demonstrando o compromisso do estado com a festividade.

Entretanto, a nova postura do governo frente ao Carnaval não foi recebida sem críticas. Representantes de blocos tradicionais de Belo Horizonte, como o "Então Brilha", expressaram descontentamento com o que consideram uma tentativa de apropriação da festa pelo estado. "O governo do Estado deu para querer se apropriar da festa. Nunca ajudaram, pelo contrário, quase acabaram com o nosso Carnaval em 2020", criticou a vocalista do bloco, destacando a percepção de negligência em anos anteriores.

A resposta do governo veio através do subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Igor Arci, que defendeu a universalidade do Carnaval e a qualidade do evento. "O Carnaval é democrático, o Carnaval é para todos. Eles têm a opinião deles e a gente respeita muito o 'Então Brilha', mas também a gente respeita as pessoas que querem ter um som de maior qualidade, um som mais expansivo”, argumentou Arci, reforçando o respeito às diferentes visões sobre a celebração.