Fábrica clandestina de suplementos é fechada em MG após denúncia de trabalho irregular

Polícia Civil e Vigilância Sanitária interditaram o local, que já havia sido fechado em 2024, mas continuava operando sem registro e em condições inadequadas

Por Plox

11/02/2025 10h36 - Atualizado há 5 meses

Uma fábrica clandestina de suplementos nutricionais e esportivos foi fechada em Formiga, no Centro-Oeste de Minas Gerais, durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal. A ação ocorreu na última sexta-feira (7), mas os detalhes só foram divulgados nesta terça-feira (11).

Foto: Reprodução de vídeo

 

De acordo com a PCMG, as investigações começaram após uma denúncia sobre o não pagamento de direitos trabalhistas a um funcionário da fábrica. A denunciante apresentou um vídeo que mostrava trabalhadores manuseando matérias-primas e caixas sem condições adequadas de higiene. A Vigilância Sanitária Municipal foi acionada e confirmou que o estabelecimento já havia sido interditado em julho do ano passado e não poderia estar operando.

Durante a ação, os agentes verificaram que a fábrica não possuía registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção de suplementos alimentares. Também foram encontradas embalagens com informações enganosas e produtos com prazo de validade expirado, o que poderia induzir os consumidores ao erro.

No local, foram apreendidas etiquetas, matéria-prima, rótulos de diversas marcas, equipamentos e ingredientes utilizados na fabricação dos produtos. Além disso, foram localizadas diversas notas de pedidos de clientes, indicando que a empresa comercializava os suplementos para estabelecimentos em Minas Gerais e outros estados, utilizando um site e perfis em redes sociais para as vendas.

Os proprietários da empresa foram identificados, mas não estavam presentes no momento da operação. Quatro funcionários do setor administrativo foram levados à delegacia para prestar depoimento, mas não conseguiram fornecer informações detalhadas sobre as operações da fábrica.

A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar outros envolvidos, apurar possíveis crimes contra a saúde pública e verificar indícios de lavagem de dinheiro.

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