Brasileiro integrante de máfia japonesa é preso em SP por assassinato de empresário no Japão
Desde 2017, Miura enfrenta acusações relacionadas a seus atos criminosos, tendo sido detido preventivamente naquele ano, mas liberado em 2020
Por Plox
11/03/2024 18h16 - Atualizado há cerca de 1 ano
Na manhã deste domingo (10), Alexandre Hideaki Miura, condenado pela Justiça Japonesa pela morte de um empresário em 2001, foi capturado pela Polícia Militar na Cidade Kemel, São Paulo. Miura, que possui vínculos com a Yakuza, maior organização mafiosa do Japão, havia sido sentenciado a 30 anos de reclusão em 2022, após ser considerado culpado pelo homicídio ocorrido na cidade de Nagoya, Japão.

Desde 2017, Miura enfrenta acusações relacionadas a seus atos criminosos, tendo sido detido preventivamente naquele ano, mas liberado em 2020. A recente prisão põe fim à sua condição de foragido, destacando a colaboração internacional na perseguição e captura de criminosos.
Entenda o caso
Conforme informações do Ministério Público Federal (MPF), Miura, juntamente com outros seis indivíduos, executou o sequestro, assassinato e ocultação do cadáver do empresário Harumi Inagaki. Durante o crime, Takako Katada, companheira da vítima, também sofreu agressões.
O objetivo do grupo era obter um resgate financeiro pela libertação de Inagaki. No entanto, a situação escalou quando o empresário reagiu ao sequestro, sendo fatalmente atingido por dois disparos de arma de fogo. Após o assassinato, os criminosos subtraíram 1,6 milhão de ienes (aproximadamente R$ 54 mil) da vítima e demandaram um resgate adicional de 50 milhões de ienes (cerca de R$ 1,7 milhão) de Katada, que desconhecia o falecimento de Inagaki.
Para ocultar o crime, o corpo de Inagaki foi encapsulado em cimento e descartado em uma parte profunda do rio Uso. Investigação subsequente revelou que Inagaki possuía conexões com a Yakuza. O MPF destacou que Miura estava ciente de todos os aspectos do sequestro, incluindo o uso de armas de fogo, e conscientemente aceitou os riscos associados à operação, que poderiam resultar na morte da vítima ou de terceiros. Vinte dias após o crime, Miura fugiu para o Brasil, onde recentemente foi capturado pelas autoridades.